posição peita Renan e Jucá, derruba a sessão do Congresso e votação do calote fiscal da Dilma fica para próxima terça.
Terça-feira (2), às 12h. Esta é a nova data marcada para votação do PLN 36/2014,
que acaba com qualquer meta de superávit primário do governo federal
deste
ano na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014. O presidente do
Senado, Renan Calheiros, foi derrotado pela Oposição, que ameaçou, com
base no Regimento Interno, anular a sessão no STF, já que ela foi aberta
sem quorum. A matéria abaixo é do G1.
A sessão do Congresso Nacional destinada a votar o projeto que
desobriga o governo a cumprir a meta fiscal de 2014 teve início nesta
quarta-feira (26) com confusão. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho
(PE) bateu boca e trocou gritos com o presidente do Congresso, Renan
Calheiros (PMDB-AL) na mesa do plenário.
“Eu fui dizer a ele que ninguém me cala neste Parlamento. Quem me
colocou aqui não foi ele não, foi o povo de Pernambuco”, disse Mendonça
em entrevista a jornalistas, logo após deixar a mesa. “Existe um quarto
regimento nessa Casa, que se sobrepõe aos três outros regimentos (da
Câmara, do Senado e do Congresso), que é o regimento Renan Calheiros.
Ele adapta à sua conveniência, ao seu tempo, de acordo com o que ele
acha que deve ser feito”, criticou o deputado.
Acalmados os ânimos, Renan Calheiros, pediu “desculpas” pelos
“excessos”. “Peço até desculpas pelos excessos, evidente, acho que todos
temos que pedir desculpas, mas levemos adiante essa questão e
realizemos essa sessão”, afirmou.
Os protestos da oposição, que é contrária ao projeto, começaram quando o
senador Romero Jucá (PMDB-RO), no exercício momentâneo da Presidência
do Congresso, abriu a sessão mantendo o quórum (número de deputados e
senadores) registrado no fim da reunião da noite desta terça-feira (25).
Quando assumiu a presidência dos trabalhos, Renan Calheiros atendeu à
demanda dos oposicionistas e passou a considerar somente as presenças
registradas na sessão desta tarde. Ele decidiu, porém, aguardar 30
minutos pela chegada dos parlamentares, já que não havia quórum
suficiente para abertura da sessão – 85 deputados e 14 senadores. Neste
momento, estavam registrados 30 deputados e 10 senadores em plenário.
A oposição, então, sobretudo Mendonça, o líder do PSDB, Antonio
Imbassahy (BA), e o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) protestaram porque
os 30 minutos, de acordo com o regimento, deveriam ter sido contados a
partir das 12h00 e não das 12h30, como pretendia Renan.
Às 12h57, Renan anunciou que o quórum havia sido atingido (havia 125
deputados e 20 senadores) e que seria possível abertura da sessão. Neste
momento, Mendonça Filho, da tribuna, começou a gritar “isso é uma
vergonha”, “é um absurdo”, entre outros protestos.
O presidente, bastante exaltado, se dirigiu ao deputado: “vossa
excelência pode tudo, mas não pode ficar gritando na tribuna”. Ambos
continuaram trocando gritos até que Renan mandou que Mendonça se
calasse. “Cale-se”, disse com o dedo em riste. O deputado teve o
microfone cortado e, então, deixou a tribuna e se dirigiu à mesa onde
Renan estava sentado. Eles continuaram discutindo. Do plenário, Rubens
Bueno apontava ao presidente: “ditador, prepotente, o senhor faz parte
dessa farsa”.
BLOG DO CORONEL
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