A investigação na Suíça que levou à descoberta dos cerca de US$ 26
milhões escondidos no exterior pelo ex-diretor de abastecimento da
Petrobras, Paulo Roberto Costa, é muito mais ampla. Tão extensa que
poderá levar à descoberta de novas pessoas envolvidas no esquema de
corrupção, segundo os procuradores brasileiros que viajaram para a Suíça
para repatriar o dinheiro. A convite dos suíços, eles analisam a
movimentação nas contas bancárias de Costa.
- Na verdade, a investigação vai além de Paulo Roberto Costa – disse
Delton Dallagnol, um dos procuradores. Segundo os procuradores, ao
investigarem toda a cadeia de pagamentos,
os suíços tentam identificar todos os envolvidos. Podem ser brasileiros
ou estrangeiros. - Eles (os suíços) podem alcançar pessoas que a gente
nem imaginava
que existissem e que estão aqui também. A ideia é sobrepor o que as duas
investigacões (na Suíça e no Brasil) tem – explicou Delton.
A investigação na Suíça corre em paralelo com a investigação brasileira.
E a ideia é cruzar os dados dos dois lados. - As investigações deles
são muito boas, avançaram bastante, e a
cooperação é ampla. Não estão medindo esforços para investigar esse caso
e adotar todas as providencias cabíveis – afirmou o procurador Eduardo
Pelella, que é chefe de gabinete do Procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot.
Por conta de um acordo de sigilo total com os suíços, os três
procuradores – Pelella, Dallagnol e Orlando Martello – não quiseram dar
nenhuma informação sobre o que viram ou descobriram no exame da
movimentação das contas de Paulo Roberto Costa. E se negaram a especular
se outros envolvidos poderiam ser brasileiros ou estrangeiros. Pelella
insistiu que o sigilo precisa ser mantido, para não se fechar a porta da
colaboração com os suíços, que ele considera muito boa:
- Não dá para fechar esse canal, senão mata a galinha de ovos e anos
poupados de trabalho – afirmou Pelella. Perguntado sobre o que falta
para o dinheiro de Costa voltar ao
Brasil, o procurador explicou que agora é uma questão de procedimento da
Suíça. - É questão procedimental, que diz respeito ao Ministério
Publico suíço – afirmou. (O Globo) BLOG DO CORONEL
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