Governo de Cristina Kirchner tem restringido o acesso a moeda estrangeira em uma tentativa de manter as reservas de seu Banco Central
Governo de Cristina Kirchner está sendo marcado por controle de preços e restrição de movimentação de moedas
(Enrique Marcarian/Reuters/VEJA)
O governo de Cristina Kirchner acusou a empresa de superfaturar 138 milhões de dólares em importações para retirar o dinheiro do país, segundo o comunicado, publicado no site da Presidência argentina. "A P&G canalizou dinheiro para o exterior e escondeu receitas que eram sujeitas a tributação na Argentina", disse o texto. "Temos que dar um fim a esses truques usados por companhias internacionais."
A Argentina tem restringido o acesso a moeda estrangeira em uma tentativa de manter as reservas de seu Banco Central, que caíram 17% no últimos 12 meses, para cerca de 28 bilhões de dólares.
O porta-voz da Procter & Gamble Paul Fox disse que a companhia está trabalhando para entender plenamente as acusações e trabalhar para resolvê-las. "Não buscamos práticas de planejamento fiscal agressivas, já que simplesmente não produzem resultados sustentáveis", disse Fox, acrescentando que a produtora de bens de consumo valoriza seu relacionamento com a Argentina e seus consumidores. A companhia, porém, não quis comentar se suas operações chegaram a ser interrompidas.
A P&G opera na Argentina desde 1991 e atualmente possui três fábricas e dois centros de distribuição no país. Em 2006, a companhia com sede nos EUA cedeu a pressões do governo argentino para congelar o preço de 31 produtos, entre xampus, sabonetes e cremes por, pelo menos, um ano, como parte dos esforços para combater a inflação.
A companhia, que não destrincha seus rendimentos por país e sim por região, informou em seu relatório anual que a América Latina contribuiu com 10% de todo seu faturamento, que somou 83,1 bilhões de dólares ano passado.
VEJA.COM
(Com agência Reuters)
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