"O governo é autoritário e faz política com o metrô"

"O governador Jaques Wagner quer fazer uma intervenção na Prefeitura para prejudicar a população de Salvador, principalmente os mais pobres, que não podem pagar uma tarifa de ônibus de cerca de R$ 4"; com essas palavras, o prefeito ACM Neto reagiu à tentativa do governo do Estado de, segundo ele, mudar a frota de ônibus da cidade para integrar ao metrô; "O governo do Estado revela-se autoritário e quer fazer política com o metrô, sem qualquer consideração para com a população"

12 de Setembro de 2014 às 19:16

Bahia 247 - "O governador Jaques Wagner (PT) quer fazer uma intervenção na Prefeitura para prejudicar a população de Salvador, principalmente os mais pobres, que não podem pagar uma tarifa de ônibus de cerca de R$ 4." Com essas palavras, o prefeito ACM Neto (DEM) reagiu à tentativa do governo do Estado de, segundo ele, mudar a frota de ônibus da cidade para integrar ao metrô.
"O governo do Estado revela-se autoritário e quer fazer política com o metrô, sem qualquer consideração para com a população. Primeiro, criou uma entidade metropolitana para regular a água e os transportes numa clara tentativa de tirar a autonomia do município. Nós estamos contestando no Supremo. Agora, quer beneficiar os empresários do metrô passando por cima da autoridade constitucional da Prefeitura. Vamos resistir e defender os interesses do povo", disse ACM.
O prefeito disse que o município tem feito "todos os esforços para possibilitar a operação plena do metrô de Salvador, ao contrário do Estado, que não tem se empenhado para solucionar pendências técnicas e de segurança estabelecidas pela legislação, para que o sistema funcione normalmente".
ACM Neto lembra que, para a operação experimental do equipamento, iniciada na Copa do Mundo, o município teve que abrir mão, temporariamente, de questões que ainda não foram sanadas pela operadora do sistema (CCR). O prefeito disse ainda que sua preocupação em viabilizar a operação do metrô "foi tão grande" que em apenas quatro meses de gestão "a Prefeitura equacionou inúmeros problemas e transferiu para o Estado, em tempo recorde, a gestão do sistema".
"A Prefeitura, através da Semut, tem mantido diálogo permanente com as partes e participado de visitas técnicas em conjunto com o Estado e a CCR para viabilizar o mais rápido possível a alimentação da linha do metrô. O que a Prefeitura não vai permitir é que o Estado transfira para a população o ônus de pagar uma tarifa mais elevada que a do ônibus, que está congelada há três anos".
O democrata reitera que a "Prefeitura tem todo interesse no funcionamento do metrô e vai continuar fazendo todos os esforços para que isso ocorra o mais rápido possível".
BRASIL 247