por
Lilian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Faltando
nove dias para eleição que vai decidir a cadeira para o Senado, os
candidatos Geddel Vieira Lima (PMDB), pela coligação Unidos pela Bahia,
e Otto Alencar (PSD), pela coligação Pra Bahia Mudar Mais, ampliam o
clima de acirramento em suas estratégias de campanhas.
Ambos apareceram com empate técnico na última pesquisa do Instituto Ibope. O peemedebista apareceu com 33% das intenções de voto e o pessedista com 29%.
Na terceira colocação foi apontada a ex-ministra do STJ,
Eliana Calmon, da coligação Um Novo Caminho para a Bahia com 4%. Hoje
eles participarão do debate na TV Aratu, no programa QVP, às 11h.
Geddel e Otto minimizam a disputa equilibrada, conforme
apontam os últimos levantamentos. Em lados opostos, Geddel na oposição e
Otto no governo, ambos concordam no ponto de que a hora é de trabalhar
para convencer os eleitores.
“Estou aguardando pela grande pesquisa do dia 5
de outubro. Vou trabalhar até a última hora, mantendo o ritmo de
viagens, mas não vou tomar nenhuma atitude para descumprir a lei eleitoral. Não tenho condições e nem vou fazer nenhum tipo de boca de urna”, prometeu.
Segundo ele, as atividades devem ser intensas, mesmo com
o “cansaço”. “Estou em campanha desde janeiro com Rui fazendo os
programas de governo participativo”, citou.
O vice-governador, que agora tenta a vaga no Senado
concorrendo na chapa de Rui Costa (PT) ao governo, destaca as propostas
de reforma política.
“É preciso acabar com a reeleição, diminuir o mandato de
senador para cinco anos e fazer eleições gerais, mesmo que seja preciso
realizar em dois dias, disse, citando que acredita no horário
eleitoral.
Geddel diz que acredita nos bons números e destaca que
segue na confiança de que vai vencer. “Estou tranquilo, sereno e
trabalhando muito para isso. Vamos ganhar eu e Paulo”, afirmou. Sobre a
última pesquisa, o peemedebista alfinetou.
“Em eleição quem tem que ficar preocupado é quem está
atrás”, frisou. O candidato disse que caso eleito quer destinar um
percentual fixo para a saúde e pretende trabalhar pela reforma do código
penal.
Nos programas eles enfatizaram algumas das ideias.
Apesar de citarem que os ataques não são prioridades, os postulantes têm
travado uma guerra no horário reservado a propaganda eleitoral.
O último programa de Geddel criticou a gestão de Otto na
Secretaria de Infraestrutura ao dizer que ele “não explica o caos na
operação do ferry boat”. Por sua vez, a inserção de Otto lembrou as
investigações na Agerba, quando o PMDB integrava o governo Wagner.
Os concorrentes também têm usado os cabos eleitorais de suas
correntes políticas. Enquanto Geddel apostou na imagem do prefeito de
Salvador, ACM Neto
(DEM), em um discurso que o compara ao seu avô, o falecido Antonio
Carlos Magalhães, “que é ter garra é não ter medo”, Otto utilizou o
apoio do ex-presidente Lula dizendo que ele era “o melhor” para
representar a Bahia no Senado.Companheira de Lídice da Mata que encabeça a chapa do PSB ao governo, Eliana Calmon quer avançar com o voto dos indecisos. A ex-ministra do STJ também apostado na figura da candidata a presidente da República, Marina Silva (PSB), em segundo lugar nas pesquisas para a corrida presidencial.
Marina afirmou que Eliana “é o orgulho de todos os brasileiros pelo que ela representa em ética”. Em época de muitas notícias de desvios de dinheiro público, Eliana tem consolidado o discurso contra a corrupção. “Vamos dar um basta nos escândalos que assola o nosso país e corrói os nossos recursos e rouba as nossas esperanças.
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