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Prazo estimado para a liberação dos recursos é de 30 dias após a aprovação do conselho
O conselho de administração da Agência de Fomento do Estado da
Bahia (Desenbahia) se reúne hoje às 10h30, na sede do banco,
exclusivamente para aprovar o empréstimo de R$ 110 milhões para as obras
civis na fábrica da JAC Motors, em Camaçari. Com a operação, o governo
baiano tenta afastar os boatos de um recuo da montadora em relação à
implantação da fábrica – cujo investimento total gira em torno de R$ 1
bilhão – ou da mudança da unidade para o Rio de Janeiro. O prazo
estimado para a liberação dos recursos é de 30 dias após a aprovação do
conselho. Metade dos R$ 110 milhões sairá dos cofres do governo baiano,
através do Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese), e o
restante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(Bndes). A reunião, fechada ao público, foi confirmada por pessoas
ligadas à Desenbahia e à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração
(SICM). Os chineses – sócios de 66% do empreendimento ao lado do
brasileiro Sérgio Habib, com 33% – conseguiram apresentar as garantias
financeiras necessárias, de acordo com informações do Correio*. A JAC
Motors do Brasil disse, por meio da assessoria de imprensa, que aguarda
uma confirmação da operação de crédito para dar início às obras, mas
ressaltou que, em paralelo, mantém as outras atividades relacionadas à
implantação da unidade, como o desenvolvimento da cadeia de fornecedores
e o planejamento do veículo que será produzido no Brasil. Desde o
lançamento do projeto há quase três anos, o cronograma de implantação da
fábrica sofreu atrasos por conta do processo de regularização do
terreno, do licenciamento ambiental e por causa de alterações no desenho
acionário da empresa no Brasil, que inicialmente tinha o sócio
brasileiro como majoritário. A expectativa de iniciar a produção dos
primeiros veículos até o final deste ano foi prorrogada para o final do
primeiro semestre de 2015. No momento, um dos maiores desafios do
mercado automotivo é a queda nas vendas, que causa prejuízos a todos,
porém, é mais preocupante para quem tem o desafio de investir. Exemplo da situação é a queda de 17,12% no número nos emplacamentos de veículos no país registrada no último mês em comparação com o mesmo período de 2013, de acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Donaldson Gomes, Correio*
POLITICA LIVRE
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