Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, é o principal do estado.
Teto foi danificado na área externa e na cobertura da praça de alimentação.
Placas
do forro do teto do Aeroporto Marechal Rondon despencaram com força da
chuva e dos ventos. (Foto: Cassiano Pinto / Arquivo Pessoal)
Pela segunda vez no ano, o teto do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande
(região metropolitana de Cuíabá), foi destruído pela força dos ventos e
da chuva no final da tarde desta segunda-feira (1). Na área externa e
na cobertura da praça de alimentação, a estrutura foi gravemente
danificada e permitiu que setores do terminal ficassem alagados com a
entrada de água da chuva.O maior estrago foi na área externa, perto da saída do desembarque. Parte do forro se desprendeu das vigas metálicas que sustentam o teto e despencou sobre a calçada, perto da área de parada dos taxistas. As placas ficaram amontoadas na calçada e a área chegou a ser isolada com uma fita.
Teto na praça de alimentação foi danificado.
(Foto: Michelly Bortolotti / Arquivo Pessoal)
"Quase caiu na cabeça da turma. O pessoal saiu segurando a cabeça,
gritando. Foi muito pior do que aquela outra vez", relatou o taxista
Cassiano Pinto, que trabalha na região do aeroporto. Felizmente, segundo
ele, nenhum carro de colegas teria sido atingido pelas placas - que não
são de PVC, mas de metal.(Foto: Michelly Bortolotti / Arquivo Pessoal)
Entretanto, houve pequenos estragos em outros veículos nas proximidades. Uma caminhonete chegou a ter a lataria amassada, um vidro quebrado e um retrovisor ficou tão danificado que acabou pendurado ao carro somente por um fio.
Outros veículos também ficaram marcados pelo choque das placas, mas com danos de menor gravidade, como riscos na lataria. Algumas placas foram arremessadas pelo vento com tal força que voaram a metros de distância da fachada do aeroporto e acabaram caindo sobre veículos no estacionamento.
Quem estava dentro do aeroporto chegou a sentir o teto tremer com a força dos ventos e da chuva, como relatou Michelly Bortolotti, que foi ao terminal levar uma amiga em viagem. Ela contou à reportagem que as placas do forro do teto na praça de alimentação começaram a despencar e a água logo começou a alagar o setor. Logo o local ficou vazio devido ao medo das pessoas de serem atingidas pelas peças e devido ao alagamento.
Pedaços
do forro foram arremessados pelo vento a metros de distância da fachada
do aeroporto, caindo no estacionamento e atingindo veículos. (Foto:
Wellington Luis / TVCA)
Na parte externa, o trecho do teto que faz cobertura sobre a saída da sala de embarque para o pátio de aeronaves também foi danificado. Por volta das 19h, a chuva já havia acabado na região.
De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, que administra o aeroporto, as placas de forro do teto foram levadas por ventos de velocidade entre 30 e 40 nós (o que equivaleria a velocidades entre 55 e 74 km/h).
Chuva
danificou forro do teto do aeroporto também na parte externa, em trecho
sobre a saída da sala de embarque para o pátio de aeronaves. (Foto:
Michelly Bortolotti / Arquivo Pessoal)
Ainda de acordo com a assessoria, já foram providenciadas a limpeza, a
manutenção e os reparos necessários à parte atingida. As placas devem
ser posteriormente recolocadas nas vigas metálicas que compõem a
estrutura de cobertura do aeroporto. A Infraero não registrou feridos
por conta do incidente.
Atingido por placa, retrovisor de caminhonete
ficou pendente. (Foto: Wellington Luis / TVCA)
Reincidênciaficou pendente. (Foto: Wellington Luis / TVCA)
Esta não foi a primeira vez que a incidência de ventos e chuva provoca estragos na estrutura do aeroporto, o qual se encontra em obras de ampliação e reforma.
Em julho, vários pedaços do forro do teto na parte nova do aeroporto (que abrange o setor de desembarque) despencaram sobre a calçada. À época, a Infraero explicou que aquela parte do forro ainda não estava devidamente fixada e exigiu reparos ao consórcio responsável pelas obras de reforma e ampliação do terminal.
Teto não suportou a chuva nesta segunda-feira.
(Foto: Michelly Bortolotti / Arquivo Pessoal)
Meses antes, em janeiro, um outro incidente lançou dúvidas sobre a
estrutura do aeroporto. A chuva provocou vários pontos de goteira na
área de embarque do aeroporto e a administração do terminal posicionou
diversos baldes para conter a água que caía.(Foto: Michelly Bortolotti / Arquivo Pessoal)
A situação ocorreu algumas horas antes da chegada do ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, para vistoriar as obras do local – as quais, até então, eram prometidas para atender à demanda de turistas gerada pela Copa do Mundo.
Chuva
Além do aeroporto, a chuva que caiu na região metropolitana de Cuiabá nesta segunda-feira causou trechos de alagamento e congestionamento em avenidas como Fernando Corrêa da Costa, perto do viaduto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e General Mello. Na região do bairro Jardim das Américas, chegou a ocorrer um breve apagão. Na região do Coxipó, houve relato de queda de granizo.
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