Cerca de 500 pelegos sindicalistas se reuniram nesta segunda-feira (15)
na
Cinelândia, no centro do Rio, para criar um factóide em torno da
exploração do pré-sal. O "Ato em Defesa do Pré-Sal" foi organizado pelo
FUT (Federação Única
dos Petroleiros), CUT (Central Única dos Trabalhadores), entre outras
centrais sindicais e movimentos sociais. Sobre a corrupção na Petrobras,
comandada pelo PT, nenhuma palavra. Sobre os bilhões de reais de
superfaturamento em obras, nenhuma palavra de Lula. Sobre a escandalosa
obra de Abreu e Lima e a compra superfaturada de Pasadena, nenhuma faixa
ou grito.
Lula, o mentor de toda a lama que desce pelas escadas da Petrobras,
chegou pouco
depois do meio-dia, quando os manifestantes começaram a caminhar em
direção à sede da empresa, na avenida República do Chile. Um palco foi
montado no local para o discurso do agora incriminado em denúncias de
chantagem para encobrir falcatruas. Entre os manifestantes estavam
metalúrgicos, petroleiros, bancários,
químicos, enfermeiros e líderes de outras categorias. Nos discursos,
ataques à direita, que, segundo eles, tentou impedir o avanço da
Petrobras.
No trajeto, manifestantes seguram bandeiras da CUT, do PT e de outros
partidos, como PC do B, PDT e PRB, do senador e candidato ao governo,
Marcelo Crivella. O objetivo do ato é alertar a sociedade para os riscos que sofre o
projeto de desenvolvimento em curso no país, em função dos ataques
contra o pré-sal e a Petrobras. Contudo, a defesa da camada de petróleo
ficou em segundo plano. Os discursos se centraram em pedidos de votos a
candidatos do PT e a reivindicações sindicais.
Os manifestantes também pedem o controle social da mídia, medida
defendida pelo PT. "Vamos dar um recado a essa elite raivosa que tem
ódio da classe trabalhadora. Vamos defender o pré-sal", disse o
presidente do sindicado dos metalúrgicos do Rio. "Tudo isso só está sendo possível em função dos investimentos e da
competência da Petrobras. Nos últimos 12 anos, os governos Lula e Dilma
fortaleceram a estatal para que ela cumprisse o seu papel de empresa
pública, gerando empregos e renda para milhares de brasileiros.",
ressalta o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel.
Líder da via campesina, o bandido invasor de terras João Pedro Stedile atacou a presidenciável
Marina Silva (PSB), que, segundo ele, vai entregar a Petrobras e não
investir no pré-sal. "Vamos estar todos os dias aqui em protesto [se Marina ganhar]", disse.
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