“Desde sua filiação ao PCdoB, aos 18 anos, Davidson Magalhães exerce uma
capacidade de liderança serena porém segura, ágil e audaz. Marcada por
grandes e pequenos momentos de desafio e superação, erros e acertos,
como pode ocorrer com qualquer um de nós, sua performance pessoal e
profissional conduz à reflexão e análise. É merecedora do mais amplo
conhecimento público”. É dessa forma que o jornalista e escritor Vander
Prata apresenta o seu novo livro Voo Livre, uma publicação da Fundação
Mauricio Grabois e Editora Anita Garibaldi. Será lançado no próximo dia 4
de junho, a partir das 18h30, na sede da Associação Comercial da Bahia,
Praça Conde dos Arcos, Comércio. O livro aborda parte da trajetória de
Davidson Magalhães, vice-presidente do PCdoB e ex-presidente da
Bahiagás, baiano de Itabuna, 53 anos, “comunista convicto, político
atuante, executivo dinâmico e de competência aprovada”. O prefácio é do
ex-deputado federal Haroldo Lima. O autor afirma que relatar o percurso
de Davidson Magalhães é como mergulhar “um pouco no passado recente da
história política e econômica do Brasil e da Bahia. É falar de toda uma
geração que cresceu numa época conturbada de autoritarismo e perda de
liberdades e que participou do processo de redemocratização e
desenvolvimento mais recente do país”. A história é narrada a partir de
acontecimentos e circunstâncias de um tempo vivido pelo protagonista, a
partir do final dos anos de 1970. Das primeiras passeatas à integração
ainda clandestina ao PCdoB e à liderança estudantil na Faculdade de
Economia Frederico. Um recorte no tempo em que a geração de jovens
lideranças da Chapa Viração emergia nos diretórios acadêmicos e grêmios
estudantis de Salvador. São lembranças do histórico congresso de retorno
à legalidade da UNE, em maio de 1979, no Centro de Convenções de
Salvador. Um dos capítulos relata como o PCdoB tornou-se decisivo na
região sul do estado, nos anos de 1980. Foi eleito o primeiro vereador
comunista de Itabuna. Liderou durante nove anos a luta para que a Fespi
se transformasse em faculdade pública (Uesc); denunciou a máfia do
tráfico de adoção de crianças e esteve à frente da construção de
sindicatos urbanos e rurais no tempo da ditadura e redemocratização do
país. O livro traz depoimentos de personalidades políticas, como o
Ministro do Esporte, Aldo Rebelo; Jaques Wagner, governador da Bahia e
Otto Alencar, vice-governador. E dos primeiros companheiros de
militância no movimento estudantil e no partido: Carlinhos Andrade,
publicitário, diretor-sócio da Leiaute Propaganda, Daniel Almeida,
presidente do PCdoB da Bahia, Alice Portugal, deputada federal,
Wenceslau Junior, vice-prefeito de Itabuna e Péricles de Souza, membro
do Comitê Central do PCdoB, entre outros. Artistas e líderes de
comunidades também dão seu testemunho sobre a importância de uma empresa
privada dedicar apoios e custeios a diferentes vertentes de
manifestações sociais e culturais da Bahia. Como por exemplo, a cineasta
Cecília Amado, diretora do filme Capitães da Areia; os músicos Zelito
Miranda, Aroldo Macedo, Armandinho Macedo, Tonho Matéria, Juliana
Ribeiro. Além dos campeões da natação, Allan do Carmo, Verônica Almeida,
Marcelo Collet, atletas amadores de ponta no ranking mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário