MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Descarte incorreto do lixo dá prejuízo mensal de R$ 300 mil ao município


Sara Lira - Hoje em Dia


Eugênio Moraes/Hoje em Dia
ricardo orsini
Ricardo Orsini construiu um sistema que recolhe o óleo usado por vizinhos

Quem descarta o lixo incorretamente não apenas suja a cidade: desperdiça o dinheiro público e ainda aumenta o risco de inundações no período chuvoso. O que é jogado nas ruas de Belo Horizonte, por exemplo, entope as bocas de lobo. Para limpá-las, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) gasta, em média, R$ 300 mil por mês. 
 
E a quantidade recolhida mensalmente assusta. “Retiramos uma média de 400 toneladas de lixo por mês”, afirmou o chefe do Departamento de Serviços de Limpeza da SLU, Wiliam Costa Pereira. 
 
A destinação incorreta do lixo é o tema da segunda matéria desta série do Hoje em Dia sobre sustentabilidade. 
 
Além das bocas de lobo, o lixo descartado de forma incorreta no esgoto causa muitos prejuízos. Conforme o superintendente de serviços e tratamento de efluentes da Copasa, Eugênio Silva, materiais sólidos como cotonetes, garrafas pet, papéis não biodegradáveis e gordura lançados na rede de esgoto entopem as tubulações.
 
Desfazer-se dos dejetos sem o devido cuidado também pode provocar um refluxo do esgoto, jogando de volta os dejetos para as ruas ou residências. “Tiramos, por dia, 35 toneladas de lixo apenas das tubulações”, contou.
 
O material que mais causa entupimento das tubulações é o óleo de cozinha jogado diretamente no ralo da cozinha. Isso ocorre porque ele se solidifica quando cai no esgoto.
 
Por isso, a forma mais correta de descartar esse produto é armazená-lo em garrafas e encaminhar para a reciclagem.
 
Em Belo Horizonte, há supermercados com postos de coleta. Para facilitar essa etapa, o engenheiro civil Ricardo Orsini construiu um prédio no bairro Santo Antônio, zona Sul da capital, onde todos os apartamentos têm sistema de recolhimento do óleo usado.
 
Por meio de uma tubulação de cobre instalada em cada unidade, o morador pode despejar o produto, que cai em um reservatório. O óleo é doado à empresa Recóleo, que o transforma em biodiesel ou sabão. “Por mês são recolhidos cerca de 30 litros de óleo”, diz Orsini, também morador do prédio.
 
Em troca do produto doado a empresa devolve materiais de limpeza ao condomínio que, assim, ainda corta custos. “Os moradores acham interessante pela questão da sustentabilidade e pelo conforto de poder descartar o óleo de forma correta”, pondera.
 
Receita de sabão caseiro
 
- 1 litro de óleode cozinha usado 
- Meio copo (100 ml) de água 
- Meio copo (100 ml) de álcool ou desinfetante 
- 1 copo (200 ml) de soda cáustica líquida
 
Modo de fazer:
 
Bater todos os ingredientes dentro de uma garrafa pet. Derramar a mistura em uma forma retangular e deixar secar por 24 horas. 
Fonte: Fernanda Piló - Centro Mineiro de Referência em Resíduos

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