MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Crianças e adolescentes pedem o Batismo


 
 
Gregorio Vivanco Lopes 
 
 

             De modo inesperado, desabrocha entre crianças e adolescentes, filhos de pais não religiosos, uma tendência a pedir o batismo.
O fenômeno é notório na França, e o conhecido jornal “La Croix” (19-4-14) dedica-lhe extensa reportagem. Logo na epígrafe lemos: “É cada vez maior o número de crianças de mais de sete anos que empreendem um caminho de fé, para surpresa de seus familiares”.
“‘Para me tornar melhor’. ‘Porque eu sentia necessidade de crescer com fé’. ‘Para dar um sentido a minha existência e pôr a minha vida nas mãos de Deus’. É por meio dessas palavras que Alexandre, Vitória e M’Ballou testemunham o seu percurso.
“Juntamente com dez outros de seus companheiros das capelanias [pastorais escolares] de Vanves et de Malakoff (Hauts-de-Seine), esses três adolescentes de 14 a 19 anos preparam-se para se tornarem cristãos. Seu desejo de serem batizados não tem origem em suas tradições familiares.
“Impossível enumerar, entre as 12 mil crianças de 7 a 12 anos e os 5 mil adolescentes de 12 a 18 anos que são batizados por ano, quantos empreenderam um caminho inteiramente pessoal, em que os pais absolutamente não intervieram, fossem estes não-crentes, praticantes de outra religião, ou simplesmente afastados da Igreja. Os responsáveis constatam que o fenômeno toma grande vulto.
“Com uma mãe não batizada e um pai ateu, aos 14 anos Alexandre, bom aluno do curso colegial, escolheu abraçar a fé católica, para surpresa dos pais.
“Ao assistir a um batismo, M’Ballou, que se prepara hoje em dia para um concurso de enfermagem, sentiu desejo de se aproximar da Igreja. ‘Eu cresci livre mas sem fé, entre uma mãe católica e um pai muçulmano. Eu me dei conta que a fé me fazia falta’, conta a jovem, hoje com 19 anos.
“Para Vitória, 17 anos, olhar claro e blusão de couro preto, em sua casa nunca se pôs o problema da religião. ‘Meus pais são divorciados. Minha mãe é batizada, mas nunca foi ao Catecismo, e meu pai tem a imagem da Ceifadora [representação da morte] tatuada no braço: a religião de nenhum modo é de seu gosto’. Desde a idade dos seis anos, a menina vem pedindo regularmente para ser batizada, mas sem sucesso. Até que ‘aos 15 anos, eu me zanguei verdadeiramente’ e então sua mãe telefonou para a capelania.
Em Colommiers (Aude), Benjamin fala de seu filho Maxime, 10 anos: ‘Foi por meio do escotismo que ele desejou frequentar o catecismo, ser batizado e fazer a Primeira Comunhão. De nosso lado, nem minha esposa nem eu somos crentes e praticantes. É sua primeira escolha de adulto’.
         O Senhor não é o Deus das obras inacabadas. Se Ele começou a edificar, chegará ao fim, ainda que tenha de remover montanhas e convulsionar os mares, produzir terremotos e ativar vulcões. Quem viver, verá.
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
  
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

Nenhum comentário:

Postar um comentário