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Gregorio Vivanco
Lopes
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De modo inesperado, desabrocha entre crianças e
adolescentes, filhos de pais não religiosos, uma tendência a pedir o
batismo.
O fenômeno é notório na
França, e o conhecido jornal “La Croix” (19-4-14) dedica-lhe extensa reportagem.
Logo na epígrafe lemos: “É cada vez maior o número de crianças de mais de sete
anos que empreendem um caminho de fé, para surpresa de seus
familiares”.
“‘Para me tornar
melhor’. ‘Porque eu sentia necessidade de crescer com fé’. ‘Para dar um sentido
a minha existência e pôr a minha vida nas mãos de Deus’. É por meio dessas
palavras que Alexandre, Vitória e M’Ballou testemunham o seu
percurso.
“Juntamente com dez
outros de seus companheiros das capelanias [pastorais escolares] de Vanves et de
Malakoff (Hauts-de-Seine), esses três adolescentes de 14 a 19 anos preparam-se
para se tornarem cristãos. Seu desejo de serem batizados não tem origem em suas
tradições familiares.
“Impossível enumerar,
entre as 12 mil crianças de 7 a 12 anos e os 5 mil adolescentes de 12 a 18 anos
que são batizados por ano, quantos empreenderam um caminho inteiramente pessoal,
em que os pais absolutamente não intervieram, fossem estes não-crentes,
praticantes de outra religião, ou simplesmente afastados da Igreja. Os
responsáveis constatam que o fenômeno toma grande
vulto.
“Com uma mãe não
batizada e um pai ateu, aos 14 anos Alexandre, bom aluno do curso colegial,
escolheu abraçar a fé católica, para surpresa dos pais.
“Ao assistir a um
batismo, M’Ballou, que se prepara hoje em dia para um concurso de enfermagem,
sentiu desejo de se aproximar da Igreja. ‘Eu cresci livre mas sem fé, entre uma
mãe católica e um pai muçulmano. Eu me dei conta que a fé me fazia falta’, conta
a jovem, hoje com 19 anos.
“Para Vitória, 17 anos,
olhar claro e blusão de couro preto, em sua casa nunca se pôs o problema da
religião. ‘Meus pais são divorciados. Minha mãe é batizada, mas nunca foi ao
Catecismo, e meu pai tem a imagem da Ceifadora [representação da morte] tatuada
no braço: a religião de nenhum modo é de seu gosto’. Desde a idade dos seis
anos, a menina vem pedindo regularmente para ser batizada, mas sem sucesso. Até
que ‘aos 15 anos, eu me zanguei verdadeiramente’ e então sua mãe telefonou para
a capelania.
“Em Colommiers (Aude),
Benjamin fala de seu filho Maxime, 10 anos: ‘Foi por meio do escotismo que ele
desejou frequentar o catecismo, ser batizado e fazer a Primeira Comunhão. De
nosso lado, nem minha esposa nem eu somos crentes e praticantes. É sua primeira
escolha de adulto’.
O Senhor não é o Deus das obras inacabadas. Se
Ele começou a edificar, chegará ao fim, ainda que tenha de remover montanhas e
convulsionar os mares, produzir terremotos e ativar vulcões. Quem viver,
verá.
(*) Gregorio
Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
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quinta-feira, 26 de junho de 2014
Crianças e adolescentes pedem o Batismo
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