MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Vítimas de acidentes de trânsito ocupam 65% dos leitos do HM, no PA


Índice revela a insegurança no trânsito do Pará, diz diretor do HMUE.
Maioria das vítimas tem entre 19 e 29 anos.

Do G1 PA

Mais da metade dos leitos do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) vivem ocupados por pacientes vítimas de acidentes de trânsito no Pará. A informação foi anunciada pelo diretor geral do HMUE, Paulo Czrnhak, durante a programação alusiva ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trânsito, promovida no domingo (17), na Praça Batista Campos, em Belém.
Segundo Czrnhak, desde o início do feriadão de 15 de novembro, dezenas de vítimas já foram atendidas no hospital, que sempre nos dez primeiros dias de cada mês atinge uma ocupação de 65% dos leitos só com vítimas de acidentes de trânsito. “Hoje estamos com 64% dos leitos ocupados”, informou. Ele acrescentou que são acidentes graves que deixam sequelas e a maioria das vítimas está na faixa etária entre 19 e 29 anos. Para ele, “o trânsito é cada um de nós, pedestre, motorista, ciclista, motociclista e o cenário só mudará se a educação no trânsito começar em casa”.
passeata detran vítimas trânsito (Foto: Reprodução/TV Liberal)Passeata reuniu familiares de vítimas mortas em acidentes de trânsito. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Cerca de 700 pessoas participaram do encontro, entre pedestres, condutores, ciclistas, motociclistas, patinadores e skatistas, que carregaram faixas, cartazes e balões brancos. Durante a caminhada, que saiu da Escadinha da Estação das Docas às 8h20 e chegou à Praça Batista Campos em menos de uma hora, muitas famílias se juntaram ao ato, como forma de demonstrar a preocupação de uma grande parcela da sociedade em dispor de um trânsito mais humanizado e seguro.
Excesso de carros
O HMUE paticipa, ao lado do Detran e da Sespa, do Projeto Vida no Trânsito, financiado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de promover a articulação entre órgãos governamentais e não governamentais para qualificar e integrar as ações sobre lesões e mortes causadas pelo trânsito. O secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, opinou que “só com educação em casa e na escola, para moldar o comportamento das crianças, que serão os adultos do futuro, será possível reduzir os índices de acidentes de trânsito”.
Ele criticou o fato de no Brasil ser privilegiado o veículo individual em detrimento do transporte público, fazendo com que a cada dia mais veículos trafeguem pelas ruas do País e o fato de um acidente de trânsito ser visto como banal ou normal pela sociedade. “Quando uma pessoa morre de dengue, vira manchete de jornal. No entanto, duas pessoas morrem por dia no Estado de acidente de motocicleta e isso é visto como normal”, lamentou.
Helio Franco ressaltou, ainda, que além das centenas de óbitos, que ocorrem anualmente no trânsito, há um grande prejuízo social, com vítimas não fatais que ficam inválidas para o trabalho e precisam se aposentar ainda jovens, sobrecarregando a Previdência Social e a própria família, já que se torna dependente para o resto da vida.
Para o secretário de Saúde, a educação no trânsito tem que ser permanente, em todas as horas do dia a dia, e começar desde a infância. Ele também lembrou dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), segundo os quais houve, no Pará, em 2012, 1.291 óbitos por acidente de trânsito, dos quais 436 envolvendo motocicletas. Em 2013, até o momento, houve 871 óbitos por acidentes de trânsito, sendo 307 envolvendo motocicletas.

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