MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Eliana Calmon deixa Justiça para disputar Senado

Biaggio Talento
A TARDE
  • Valter Campanato | ABr
    O PSB prepara festa para comemorar a filiação da desembargadora Eliana Calmon
A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu a antecipação da aposentadoria para o dia 18 de dezembro com objetivo de se filiar ao PSB da Bahia e disputar a eleição de senadora em 2014.
Ela será recebida de "portas escancaradas", disse o presidente nacional da legenda, o governador Eduardo Campos, pré-candidato à presidência da República. A ideia do PSB é fazer uma grande festa de filiação no dia 19 de dezembro em Salvador.

Nesta segunda-feira, 25, ela passou uma hora conversando, no seu gabinete em Brasília, com a ex-senadora Marina Silva, e mostrou-se muito animada com a entrada na política partidária. Ela só iria se aposentar compulsoriamente em novembro de 2014.

Enfrentamento

Junto com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, Eliana Calmon enfrentou, como corregedora do Conselho Nacional de Justiça, o corporativismo do Judiciário. A magistrada qualificou os maus juízes de "bandidos que se escondem atrás de toga", expressão que a tornou famosa em todo o país.

Exerceu forte crítica ao Tribunal de Justiça da Bahia, classificado pela magistrada de ineficiente e fechado a mudanças. Sua posição também é de reprovação ao governo Jaques Wagner, o que vai exigir da senadora Lídice da Mata, (parceira de Wagner) muito jogo de cintura na campanha. Lídice já disse que será candidata a governadora sem fazer oposição à gestão de Wagner, mesmo porque o PSB integra a administração estadual com Domingos Leonelli ocupando a Secretaria de Turismo. Lídice é quem mais ganha com a filiação de Eliana Calmon e sua entrada na chapa majoritária do PSB.

Por outro lado, a candidatura do PT ao governo do estado é a que mais se debilita, já que os socialistas vão se descolar da tradicional aliança com os petistas e os votos serão divididos ao invés de somados.

O nome de Lídice pode atrair eleitores petistas insatisfeitos com o nome que o partido escolherá para suceder Wagner.

Atitude

Em setembro, Eliana admitiu pela primeira vez a possibilidade de se candidatar ao Senado pela Bahia. Explicou que resolveu entrar na política por entender que os críticos da situação atual deveriam fazer alguma coisa para mudar o quadro.

"A gente critica e quer ficar fora da roda para se preservar? Não. Se critica, é preciso tomar uma atitude. Não estou mais na idade de ir para as ruas fazer movimento. Tenho que fazer alguma coisa ao meu alcance. A pessoa que é séria às vezes pensa: 'Não vou me meter porque está um lixo'. Mas é preciso fazer algo", disse.
Ela acha que as pessoas honestas devem lutar pelo "conserto, senão está tudo perdido". A ministra escolheu o PSB com o argumento de que tem afinidades com o partido e de ser muito amiga da ex-senadora Marina Silva.

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