Foto Orlando Brito
Com fortes críticas ao ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, a cúpula do PSDB convocou a imprensa nesta terça-feira
(26) para acusar o governo federal de reeditar o "escândalo dos
aloprados" --a suposta encomenda de um dossiê falso contra José
Serra (PSDB) nas eleições de 2006-- como forma de minimizar o impacto das
prisões decorrentes do esquema do mensalão.
Tendo à frente o senador Aécio Neves (MG),
provável candidato do partido à Presidência da República, o partido defendeu o
afastamento de Cardozo das investigações sobre as suspeitas de montagem de
cartel para fraudar licitações do metrô e trens em São Paulo durante os governos
do PSDB. Em algumas falas, a demissão do ministro foi sugerida. Cardozo irá
responder às críticas do PSDB em entrevista coletiva às 15h30 desta terça.
"A tentativa de fazer com que os
outros possam parecer iguais não terá êxito, porque nós não somos iguais.
Prezamos e praticamos a ética na vida pública não apenas em determinados
momentos, mas ao longo de toda a nossa trajetória", afirmou Aécio,
acrescentando que o governo "manipula" as instituições do Estado para atingir
seus adversários.
Segundo o tucano, as acusações contra
integrantes do partido, que tem a empresa alemã Siemens como pivô, vieram a
público agora como forma de encobrir os desdobramentos do escândalo do mensalão,
cujos condenados, boa parte deles do PT, começaram a ser presos no último dia
15.
Para Aécio e os demais tucanos, é uma reedição
do caso dos "aloprados", que começou com a prisão de
integrantes do PT em 2006 com dinheiro que, segundo o Ministério Público, seria
usado para a compra de um dossiê contra o então candidato tucano ao governo de
São Paulo, José Serra.
A entrevista foi dada na sede nacional do
partido, em Brasília, e teve a presença dos líderes do PSDB na Câmara (Carlos
Sampaio) e no Senado (Aloysio Nunes Ferreira), além dos secretários do governo
de Geraldo Alckmin Edson Aparecido (Casa Civil) e José Aníbal (Energia).
(Folha Poder)
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