Na semana em que os juros vão saltar para 10% e o dólar bate nos R$ 2,30, Dilma e o PT continuam quebrando a Petrobras.
Esta semana tem reunião do Copom e não
dá pra segurar: os juros vão para a casa dos dois dígitos. Se não for agora,
será na próxima. É a crise econômica acabando com o estojo de maquiagem da Dilma
e do Mantega. Enquanto isso, a presidente resiste em aumentar o preço da
gasolina. Encheram o Brasil de carros, não fizeram estradas e não produziram
gasolina. Estão tendo que importar bilhões de dólares, em vez de exportar, como
era feito até 2010. Veja, abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
Preocupada com o impacto inflacionário, a
presidente Dilma Rousseff resiste a autorizar uma fórmula de reajuste automático
para a gasolina e diesel nos moldes defendidos pela Petrobras. Interessada em
uma solução rápida, a presidente da estatal, Graça Foster, tem tentado, sem
sucesso, uma reunião com Dilma e o ministro Guido Mantega (Fazenda).
O governo federal, sócio majoritário da
Petrobras, não gostou da forma como o reajuste automático foi proposto.
Presidente do conselho de administração, o próprio Mantega se surpreendeu com a
iniciativa. A presidente Dilma, conforme relatos, também ficou contrariada e,
desde outubro, só encontrou Graça em inaugurações.
No Palácio do Planalto e na Fazenda, a grande
preocupação é que uma fórmula de reajuste automático da gasolina se transforme
numa referência de indexação para outros setores, que passariam a aumentar seus
preços seguindo o modelo que viesse a ser adotado para a Petrobras. Segundo a
Folha apurou, o governo está disposto a conceder um reajuste neste ano
dentro da regra atual --por volta de 5% para gasolina e próximo de 10% para o
diesel. Mas já fala em deixar para o ano quem vem um tipo de mecanismo que dê
mais previsibilidade à geração de caixa da companhia.
Nos bastidores, auxiliares presidenciais
afirmam que a fórmula proposta pela diretoria da Petrobras está descartada. O
esforço agora é para encontrar um meio-termo que, de um lado, contemple a
necessidade da previsibilidade e, de outro, mantenha na órbita do Executivo
alguma autonomia sobre a decisão de reajustes futuros.
O Ministério da Fazenda tem dúvidas sobre uma
fórmula que permita reajustes automáticos e, por isso, pediu que a estatal
refizesse seus cálculos. Para a área econômica, também não é prudente definir
uma nova política de reajuste em um momento de alta volatilidade do dólar.
Sempre que toca no assunto, Dilma afirma que, se a Petrobras tivesse cumprido
sua meta de elevar a produção, o "fator dólar" não seria um problema como agora,
pois a estatal teria sobra de produção para exportar e, assim, compensar o gasto
com a importação de gasolina e diesel.
Até 2010, a petroleira exportava gasolina, mas
passou a importar o produto com o aumento da demanda no mercado interno. A
companhia previa elevar sua produção para 2,3 milhões de barris/dia, mas acabou
caindo para menos de 2 milhões de barris/dia neste ano. Em 2014, a empresa
acredita que conseguirá elevar sua produção com a operação de novas
plataformas.
Segundo assessores, Dilma compreende a posição
da Petrobras, que precisa reforçar seu caixa para bancar seu plano de exploração
do pré-sal, mas argumenta que não pode adotar fórmulas que pressionem a
inflação, sobretudo em ano eleitoral. O tema será debatido na reunião do
conselho da estatal, adiada da sexta passada para a desta semana, porque não
havia consenso entre a Petrobras e a Fazenda.
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