Tour de barco conta história de cultura tradicional na região.
Visitantes levam para casa a pérola que encontram em ostras.
Visitantes que participam de um tour para conhecer a cultura de pérolas na região podem levar para casa um exemplar como souvenir.
O passeio, de cerca de uma hora, é feito em um barco típico de madeira, originalmente usado por mergulhadores que se arriscavam diariamente em busca da matéria-prima para joias até o início do século 20.
O guia que conduz a viagem, Humaid Alhammadi, explica que as pérolas são formadas como uma reação de defesa das ostras a um grão de areia ou a outro tipo de intruso que invade sua concha.
Pérola encontrada dentro de ostra
durante o passeio (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Ele também descreve os métodos que eram usados pelos "caçadores" de
pérolas do passado: presos a uma corda e com uma pedra para servir de
peso e fazê-los afundar, eles entravam no mar dezenas de vezes ao dia,
tateando até encontrar o maior número possível de conchas para levar à
superfície.durante o passeio (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Como proteção, usavam pequenas luvas de couro nos dedos, óleo de acácia para evitar queimaduras na pele e uma espécie de pinça no nariz, feita de ossos de tartarugas.
As pérolas encontradas eram exportadas, especialmente para a Índia, e enviadas para confeccionar coroas da realeza e outras joias das cortes europeias.
Uma pérola para chamar de sua
Após a explicação, Alhammadi pega uma cesta cheia de ostras fechadas, vivas. Cada turista escolhe uma, que é aberta com o auxílio de uma faca especial. A pessoa deve apertar o molusco procurando a pérola – especialmente no estômago, ensina o guia, que cria um clima de mistério desde o início, com a promessa de que quem encontrar uma pérola poderá levá-la para casa.
Humaid Alhammadi, guia de passeio
(Foto: Flávia Mantovani/G1)
Após algumas conchas abertas sem sucesso, a primeira pérola encontrada
gera histeria no grupo. Ela é embalada em um saquinho de veludo, junto
com a concha, e dada como lembrança para quem a descobriu.(Foto: Flávia Mantovani/G1)
Embora Alhammadi afirme que é necessário abrir centenas de conchas para encontrar uma pérola, ninguém precisou escolher mais do que três ostras para levar sua lembrança para casa.
O guia desconversa quando questionado sobre qual é o “segredo”, e prefere dar ênfase ao caráter educativo do passeio. Segundo ele, a ideia é resgatar um lado tradicional da cultura da região – algo não muito comum em uma cidade em que quase tudo se desenvolveu nos últimos 20 anos.
Mas a Embrace Arabia, empresa que cuida do passeio, enviou a explicação posteriormente ao G1: as ostras abertas na viagem vêm de uma “fazenda de pérolas”, onde são mantidas em seu habitat natural.
A formação de pérolas é induzida por grãos de areia e pequenos pedaços de madrepérola, explica Ali Al Saloom, porta-voz da organização. Ele diz que as ostras são “muito saudáveis” e que cerca de 60% do total têm pérolas em seu interior.
Café árabe e tâmaras são servidos durante o
tour (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Tâmaras e cafétour (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O interior do barco usado no passeio é decorado com tapetes e almofadas com motivos locais.
Durante o trajeto, são servidos café árabe, água, sucos, tâmaras e um prato tradicional.
O tour também é uma chance de dar um mergulho no mar e de fotografar a cidade de longe.
O “Abu Dhabi Pearl Journey” sai da Marina no Hotel Intercontinental. O ingresso custa AED 500 (cerca de R$ 300) para adultos e AED 400 (cerca de R$ 240) para crianças.
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