MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Quatro ambulâncias quebram e deixam de atender pacientes em SE


‘Samu é prejudicado por falta de frota reserva’, diz o sindicalista Ferreira.
Sindicato diz que demora no conserto é por falta de pagamento à oficinas.

Marina Fontenele Do G1 SE

Samu Sergipe (Foto: Marina Fontenele/G1)Quatro ambulâncias ficaram sem funcionar no fim de semana em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)
Quatro das oito ambulâncias de atendimento básico do posto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que fica anexo ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) em Aracaju, Sergipe, passaram o fim de semana quebradas. A denúncia feita nesta terça-feira (24) por Adilson Ferreira, presidente do Sindicato dos Condutores das Ambulâncias do Samu (Sindconam), levanta a discussão da eficácia do serviço prestado à população.
“Isso não pode acontecer, principalmente no fim de semana quando as ocorrências tendem a aumentar. As ambulâncias têm um pouco mais de um ano de uso, mas passam muito tempo na oficina para o conserto. A informação que eu tenho é que essa demora é por conta de problemas no repasse do pagamento para as empresas responsáveis pelos reparos, esses valores chegam a atrasar até três meses”, afirma Adilson.
Segundo o presidente do sindicato, duas dessas ambulâncias quebraram na segunda-feira (16), mais uma na quarta-feira (18) e a outra na sexta-feira (20). “Só uma voltou para a base na segunda-feira (23), enquanto isso, as equipes de salvamento das demais permanecem ociosas porque não têm como trabalhar. Acredito que esse problema não é causado por falta de dinheiro e sim por falhas na gestão da regulagem do Samu”, argumenta.
A Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) emitiu nota oficial onde confirma que as quatro ambulâncias apresentaram problemas mecânicos, mas diz que todas foram entregues para trabalho na segunda-feira (23). Ferreira diz que Samu não possui frota reserva para suprir essa necessidade desde 2008, ano em que o serviço passou a ser gerido pela fundação.
“A falta dessas ambulâncias sobrecarrega as que estão em pleno funcionamento. Gera atraso no atendimento dos chamados e algumas ocorrências deixam de ser atendidas por causa da demanda que chega a 300 casos por dia. A demora no salvamento pode resultar em mortes e na revolta da população que hostiliza as equipes”, destaca Ferreira.
Adilson Ferreira relata situação do Samu em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)Adilson Ferreira relata situação do Samu
(Foto: Marina Fontenele/G1)
Justificativas
Cerca de 80% das solicitações para o Samu são de acidentes de trânsito principalmente com motocicletas, seguido de casos clínicos, vítimas de armas brancas ou de fogo e outras ocorrências. Confira abaixo, a íntegra do posicionamento da FHS sobre a denúncia feita pelo sindicato:
“O superintendente do Samu 192 Sergipe, Silas Lawley, esclarece que todas as ambulâncias passam por manutenção preventiva e corretiva. Neste último fim de semana, das 8 Unidades de Suporte Básico que rodam em Aracaju, 4 apresentaram problemas mecânicos, como disco de embreagem. Dessas, 4 já foram consertadas e reintegradas à frota ontem, dia 23.
O desgaste é grande por conta rotatividade dessas ambulâncias. Além do desgaste natural, existem os acidentes e a falha humana, como no caso de abastecimento com combustível errado, causando danos ao motor do veículo, o que representa um reparo mais demorado. O Samu informa que as Unidades de Suporte Avançado de Aracaju continuam rodando normalmente.
Com relação ao repasse do Ministério da Saúde, a Diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde afirma que não há nenhum tipo de desvio. Ao contrário, o Estado tem investido alto para manter o serviço em funcionamento. Ainda sobre o repasse, este é feito sobre unidade habilitada, sendo que o valor, de 2002, foi atualizado apenas este ano. Havia uma defasagem muito grande. O valor transferido pela União correspondia a somente 25% da folha de pagamento do Samu do Estado; todas as outras despesas incluindo a manutenção das bases descentralizadas eram bancadas por recursos do tesouro Estadual. O reajuste atingirá cerca de 40% da folha. Esta atualização permitirá alguns investimentos no serviço.
A Secretaria de Estado da Saúde e a Fundação Hospitalar de Saúde têm feito reuniões com os gestores municipais no sentido de partilhar os custos já que o serviço é tripartite (União, Estado e Municípios). Pela Portaria 1010 de maio de 2012, a União deverá bancar pelo menos 50% do custeio, enquanto o Estado deve arcar com pelo menos 25% e os municípios com no máximo 25% dos gastos com o serviço. Diante dessa realidade a SES e a FHS vêm dialogando com os municípios no sentido de reestruturar as bases, dividindo as responsabilidades em relação, pelo menos, à manutenção dessas bases no seu território.”

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