Cantor Lenine destoa em duas músicas, mas contribui em 'Pagode russo'.
Show deste sábado (21) aconteceu no Palco Sunset.
Liderado por Eugene Hütz, que vive por temporadas no Rio de Janeiro, a banda emendou uma sequência quase ininterrupta de nove músicas e ganhou rapidamente o público do Palco Sunset. Em meio a sons de violinos e sanfona, rodas de pogo (o empurra-empurra dos shows de punk) se formavam e davam cara de festa à performance.
Hütz ganhou notoriedade inicialmente como ator no filme "Uma vida iluminada" ao lado de Elijah Wood. Depois montou em Nova York uma caravana que tem grande alternância de integrantes e já lançou sete discos de estúdio. Na apresentação no Rock in Rio, oito pessoas ficam em cima do palco, com três vocalistas que mostram energia frente à plateia. Em determinado momento, Hütz "batiza" o show jogando vinho na plateia e em si mesmo.
No set list, estiveram favoritas dos fãs como "Wonderlust king", "Start wearing purple" e "Not a crime". Entraram também faixas do novíssimo álbum "Pura vida conspiracy", entre elas "Malandrino" em que Hütz fez referência às estadas no Rio.
Com um ritmo tão acelerado, a chegada de Lenine para cantar "O mundo" destoou bastante e quebrou o clima. "Alzira e a torre" também não melhorou muito e ainda vimos o cantor pernambucano imitar constrangedoramente os gestos de um rapper.
Mas o final com "Pagode russo", de Luiz Gonzaga (que já tinha aparecido no show anterior do Sunset) salvou a performance de um anticlímax. O ritmo do baião no clássico de Gonzagão tocado pelos "ciganos" e a letra casaram perfeitamente com o ritmo e atmosfera do Gogol Bordello. Uma pena que esse lado da parceria não foi mais explorado, mas o Sunset aproveitou bem a festa nos melhores momentos.
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