MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Gado morre por falta de água na pior seca registrada em Paranã

Os mananciais da cidade estão secos e a população está sem água.
Moradores dizem que há 20 anos não vivenciam uma seca tão severa.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

Os açudes do município de Paranã estão secos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Os açudes do município de Paranã estão secos
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Os 11 mil habitantes de Paranã, sudeste do Tocantins, são castigados pela pior seca que já atingiu o estado nos últimos anos. Há mais de oito meses não chove no município. Por causa disso, animais e plantas estão morrendo. A pouca água que os moradores conseguem para beber, precisa ser racionada.
A lavradora Rosa Helena Rodrigues mora na fazenda Brejinho há mais de 20 anos. Ela diz que nunca viu uma seca tão severa como a de agora. A cisterna que abastece a família de dona Rosa está praticamente sem água e o córrego que passa perto da casa dela, virou areia.
Para tomar banho e fazer a limpeza da casa, a lavradora precisa da água fornecida por um caminhão pipa que, segundo ela, não passa há muitos dias. Por causa disso a caixa d'água também está vazia. Rosa diz que a água que o caminhão pipa fornece não serve para beber. Todas as vezes que vai à Paranã, a 50 km da fazenda, ela busca água na cidade, armazenando o líquido em garrafas PET. Por causa da distância, as idas à cidade não são tão frequentes. A lavradora precisa economizar até na hora de beber água.
Dona Filomena bebe a água do fundo de um poço cavado no quintal de casa, na zona rural de Paranã (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Dona Filomena bebe a água do fundo de um poço
cavado no quintal de casa, na zona rural de Paranã
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Na fazenda Alvorada, a lavradora Filomena Martins Chaves, passa pela mesma situação. A água usada para consumo é tirada do poço, uma água amarelada e cheia de ciscos. "É desta água que eu estou bebendo, não tem outra", lamenta ela. Neste tempo de seca a caixa d'água dela também fica vazia.
Por falta de chuva para abastecer os reservatórios, o gado está morrendo de sede. Em muitas regiões, os animais precisam entrar no lamaçal para beber o pouco da água que restou dos córregos e muitas vezes morrem atolados.
Segundo o presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) Edmundo Galdino, todos os 27 municípios do sudeste estão recebendo apoio da ação emergencial. "Nós temos hoje em Paranã três caminhões pipa atendendo a comunidade. Um ou outro problema sempre acontece". Segundo ele, no total, o Estado forneceu 40 caminhões.
Morador lamenta a perda de animais por causa da seca em Paranã (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Morador lamentou a perda de animais por causa da
seca em Paranã (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O presidente da ATS afirmou ainda que, por causa da estiagem prolongada, 60 mil pessoas estão em situação grave no Estado. "A gente estava trabalhando com um universo de 11.350 famílias e este universo foi ampliando porque muitos rios e córregos, que permaneciam perenes no período da seca, secaram este ano", disse ele.

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