Patrícia França A TARDE
A previsão de receita com o leilão dos veículos retirados de circulação é estimada pelo governo em R$ 4,9 milhões. Já a economia com abastecimento e manutenção será de R$ 6,8 milhões.
A meta do governo, segundo decreto em vigor desde agosto, é reduzir em R$ 100 milhões o gasto com custeio da máquina estadual. Esse corte complementa o contingenciamento de 15% no orçamento de secretarias e órgãos da administração (exceto as secretarias da Saúde e Educação) - uma redução de despesas de R$ 250 milhões.
O recolhimento de 20% da frota oficial do Estado, que atualmente é de 6.031 veículos, está sendo executado pela Secretaria da Administração (Saeb), por meio da Superintendência de Serviços Administrativos (SSA).
Os veículos serão recolhidos em dez postos distribuídos em Salvador, Barreiras, Guanambi, Itaberaba, Juazeiro, Feira de Santana, Itabuna, Teixeira de Freitas, Paulo Afonso e Irecê.
Na portaria que definiu as regras para a retenção dos veículos é dito que, além das unidades com mais de dez anos de fabricação, também sairão de circulação os que não apresentem registro recente de abastecimento no sistema de Controle Total de Frota (CTG) ou que apresentem baixo índice de utilização, com rodagem inferior a 60 quilômetros diários.
Insumos de informática - Na semana passada, a Saeb instaurou mais uma medida prática para cumprir o plano de redução de custeio na máquina pública: começou a retirar de uso 80% das impressoras tipo jato de tinta e 20% das a laser ou LED instaladas nas secretarias e prédios públicos do Estado.
O gasto atual da administração pública com impressões - aí incluídos tonner e papel - é de R$ 5,2 milhões ao ano. Levando em conta a economia proposta de 20% sobre este valor, o Estado poupará pouco mais de R$ 1 milhão anuais.
Só com papel, segundo levantamento da Saeb, o Estado consome 23 mil resmas do tipo A4. Considerando que cada resma tem 500 folhas, conclui-se que a estrutura pública consome 11,5 milhões de folhas de papel por ano.
A Saeb informou ainda que, com a desativação das impressoras, os serviços de impressão passam a ser geridos de forma centralizada e concentrados em locais específicos para a impressão de documentos públicos.
O secretário da Administração, Edelvino Góes, defende as medidas. "Estamos empreendendo todos os esforços para adequar a máquina estadual a este novo cenário de dificuldade econômica, que exige muito mais racionalidade no gasto público".
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