MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Alunos da Gama Filho fazem protesto nas ruas do Centro do Rio

Com cartazes, grupo questionava 'MP, vai deixar a UFG acabar?.
Instituição do Grupo Galileu está com as aulas suspensas desde agosto.

Isabela Marinho Do G1 Rio

Alunos da Universidade Gama Filho fazem protesto no Rio nesta quarta-feira (25). (Foto: Isabela Marinho / G1)Alunos da Universidade Gama Filho fazem protesto no Rio nesta quarta-feira (25). (Foto: Isabela Marinho / G1)
Alunos da Universidade da Gama Filho fizeram um protesto no Centro do Rio na tarde desta quarta-feira (25). Com cartazes, o grupo questionava "MP, vai deixar a UFG acabar?". A instituição, pertencente ao Grupo Galileo, está com as aulas suspensas desde agosto deste ano. Contactada pelo G1, a assessoria de imprensa do grupo Galileu afirmou que foi assumido um compromisso com os docentes, a partir do acordo de repactuação de pagamentos, garantindo que não haverá mais demissões em 2013.
Mais tarde, por volta das 20h, o grupo Galileo informou que os salários de julho e agosto dos professores e funcionários serão depositados na quinta-feira (26). Para o mesmo dia, os docentes marcaram uma assembleia para decidir os rumos do movimento grevista.
O ato teve início em frente ao prédio do Ministério Público, onde os alunos cantaram o Hino Nacional. Em seguida, os jovens pararam em frente ao antigo prédio do curso de Medicina da universidade, de onde seguiram pelas ruas do Centro do Rio, interditando vias e caminhando em direção ao Ministério Público Federal.
Carla Rosa é formada  em Direito e é aluna de Psicologia da UGF. Ela afirmou que vai entrar com um pedido no MP de uma ação civil pública em defesa do consumidor.
"Nós estamos pedindo socorro, ajuda,  porque nem o MEC está nos ajudando. Ministério Público, pedimos apoio de vocês em defesa dessa causa que parece impossível", disse uma professora da instituição em um megafone na porta do MPF.
"É simplesmente uma vergonha que em dois anos de luta, o MP não tenha movido uma palha para resolver a situação da Gama Filho. Viemos cobrar uma ação contundente para aqueles que cumprem a sua parte no contrato", disse um aluno também no megafone.
Grupo diz que mudanças não prejudicaram ensino
O grupo diz ainda que mudanças pontuais que ocorreram não teriam prejudicado o nível do ensino oferecido pela instituição. A assessoria informou que convênios que foram encerrados, como o da Santa Casa, devem ser retomados em sua plenitude, assim que for resolvido o chamado “plano de reestruturação”, que, de acordo com a assessoria, está sendo pactuado com o MEC.
O grupo disse que para a concretização do plano, ainda é necessária a posição do Ministério. É prevista uma série de investimentos, inclusive de abertura de hospitais voltados para cenário das aulas, entre as reestruturações do plano.
A respeito dos últimos atrasos, a assessoria da instituição afirmou também que em junho houve um aumento na taxa de inadimplência nos cursos de graduação que provocaram atraso dos salários de professores e funcionários.
Alunos contestam problemas estruturais
O presidente do Centro Acadêmico, Edivaldo Guimarães Júnior afirmou que a causa do protesto são problemas estruturais da universidade, que vão além do atraso do pagamento do salário dos professores.
“A mensalidade aumentou, professores das nossas principais disciplinas práticas foram demitidos, e o convênio com a Santa Casa foi desfeito, sendo substituído por outro convênio que não atinge nossas necessidades e expectativas. Vale lembrar que a Gama Filho é a maior escola de medicina do Brasil, e não conseguimos, até agora, um posicionamento do MEC que nos defenda e resguarde”.
Dois representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Gama Filho foram, nesta quarta-feira (25), para Brasília, na tentativa de se reunirem com representantes do Ministério de Educação para resolverem a situação. Nas últimas conversas, o MEC sugeriu a suspensão do período letivo e chegou a considerar o descredenciamento tanto da Gama Filho quanto da UniverCidade, segundo informou Edivaldo, do CA.
“Ficou nítido que o grupo Galileu não tem competência para administrar uma universidade, quanto mais duas”, diz Edivaldo. Segundo o presidente do CA, o grupo teria descumprido 13 datas de pagamento aos professores e funcionários.
Os alunos afirmam que o último período de aula foi muito prejudicado. “Tivemos cerca de três meses de aula. E nossa aula de semiologia, extremamente importante, foi ministrada no Downtown, sem termos tido nenhum contato com pacientes”. Há 72 dias, alunos ocupam a reitoria da universidade, em apoio à greve dos professores.
Estudantes se reuniram no Centro do Rio. (Foto: Isabela Marinho / G1)Estudantes se reuniram no Centro do Rio. (Foto: Isabela Marinho / G1)

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