William DuVall, no lugar de Layne Staley, tem boa voz, mas animou pouco.
Banda tocou hits do grunge e só empolgou com 'Man in the box' e 'Would'.
William DuVall cantou bem, sem se arriscar muito em relação às gravações antigas. Ele deixou longos intervalos de silêncio entre as músicas e só falou - em português - com o público justamente nos dois hits da era grunge "Man in the box" e "Would". Em 2011, no festival SWU, em Paulínia (SP), eles deixaram impressão melhor.
O centro da banda é a guitarra precisa de Jerry Cantrell, que algumas vezes assume o posto de porta-voz. A competência técnica não impede que, no final do show, vários fãs se sentem no espaço bem abaixo de um dos telões ao lado do palco. O show foi o penúltimo do Palco Mundo, antes do Metallica.
Das doze músicas tocadas, apenas três foram dos dois discos sem Staley, "Black gives way to blue", de 2009, e "The devil put dinosaurs here", de 2013. A banda de Seattle fez há 20 anos no Rio seu último show com formação original. Morreram por overdose o cantor Layne Staley, em 2002 e o baixista Mike Starr, já fora da banda, em 2011.
"Parece que até agora só tocou uma música e que a guitarra só tem uma corda!", reclamou um garoto na plateia após "Again". Com o característico som grave e arrastado da banda, realmente era difícil diferenciar.
O show do Alice in Chains mudou de ares com "Man in the box". O riff consagrado, tocado com precisão por Jerry Cantrell - o centro de energia da banda - jogou a apatia do público para o lado. Pela primeira vez o cantor William DuVall pareceu sair do automático.
Mas a animação voltou a baixar com a acústica "Nutshell" e "Rain when I die". O show continuaria morno até o fim, com alguma resposta em "We die young" e principalmente "Would". Fecharam bem com a lenta "Rooster", mas abaixo do nível da boa discografia da banda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário