Com faixas, profissionais dizem que não faltam médicos, mas sim estrutura.
Eles também pediram a sanção do Ato Médico; manifestação foi pacífica.
Manifestantes pedem a saída do ministro da Saúde Alexandre Padilha (Foto: Fernanda Borges / G1)
Cerca de mil médicos participaram de uma manifestação em favor da categoria nesta quarta-feira (3), em Goiânia.
O protesto, segundo eles, é em defesa da saúde pública e,
principalmente, contra a proposta do governo federal de 'importar'
médicos estrangeiros para atuar no país sem que esses profissionais
sejam submetidos ao exame de validação do diploma. A categoria também
reivindica a sanção sem vetos do Ato Médico, que regulamenta o exercício
da medicina em todo o país.Com faixas e balões, os médicos pediam mais condições de trabalho e se declaravam contra a proposta da presidente Dilma Rousseff de permitir que médicos estrangeiros atuem no Brasil. "Isso não resolve o problema. O governo fez um diagnóstico errado. Falta estrutura, não médico. Hoje o médico assiste as pessoas morrer sem poder fazer nada", disse ao G1 o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho.
Ele adverte que se, de fato, médicos estrangeiros vierem trabalhar no Brasil, a categoria exige que eles passem pelo processo de validação do diploma, como acontece com os profissionais formados no país. A proposta do governo, explica, não colocaria esse exame como obrigatório. "Em geral, menos de 2% dos estrangeiros que fazem essa prova conseguem passar", observa.
Além de ser contra a vinda de médicos estrangeiros, o movimento também pediu a sanção integral do Ato Médico. O projeto já foi aprovado no Senado Federal e espera pelo veto ou sanção da Presidência.
Segundo Salomão Rodrigues, durante o protesto, o atendimento nas unidades de saúde em Goiânia não foi prejudicado porque os profissionais que atuavam nas áreas de urgência e emeregência continuaram em seus postos e não participaram da manifestação.
Para os ativistas, o que falta é estrutura e não médicos (Foto: Fernanda Borges / G1)
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