Típica do Sul do Brasil, espécie está ameaçada de extinção.
Árvore com cerca de 700 anos pode ser vista no Parque do Pinheiro Grosso
A madeira foi um dos grandes combustíveis do desenvolvimento do estado, o que ocasionou a derrubada massiva das árvores. Hoje, o corte é proibido. "Ela consta na lista de espécies ameaçadas. Isso em razão da exploração madeireira, porque ela foi um produto básico na estrutural na economia na época da colonização", explica o analista ambiental Antônio César Caetano.
No Rio Grande do Sul, o exemplar mais antigo fica em Canela. A idade aproximada é de 700 anos. O tronco é tão largo que são necessárias 12 pessoas para abraçar a árvore. Na altura, ela surpreende ainda mais com 42 metros até do solo ao topo.
Planta é encontrada apenas em regiões de clima
mais frio (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
"Existiam várias árvores desse porte, desse tamanho, possivelmente até
maiores, só que foram cortadas para a exploração da madeira, porque a
madeira é muito boa. Essa acabou sobrevivendo por acaso", comenta o
biólogo Ramon Lucena. Uma lenda local diz que árvore perdeu a copa
durante uma ventania e os madeireiros acharam que a madeira dela estava
podre. Assim, desistiram de derrubá-la e ela acabou sobrevivendo.mais frio (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
As áreas remanescentes de mata de araucária são pequenas no estado. Na Floresta Nacional de Canela, há 120 hectares de araucárias nativas. A mesma floresta preserva ainda 165 hectares de araucárias plantadas. Aos poucos, a própria natureza se encarrega de fazer a renovação. "As primeiras árvores que foram plantadas têm em torno de 66 anos de idade. Constatamos aqui diferentes gerações da planta, desde as que têm entre 10 e 12 centimetros de altura, até as que têm 25 metros", pontua o chefe da Floresta Nacional de Canela, Ewerton Ferraz.
Animais auxiliam na reprodução das plantas
Os pinhões são um componente tradicional na culinária do estado durante o inverno. Mas não é só o homem que se alimenta da semente. Pássaros, bugios, veados, ouriços e cotias são alguns animais que comem pinhão e acabam contribuindo para a multiplicação das árvores.
A gralha azul, ave comum no estado, retira o pinhão das árvores para comer e, muitas vezes, enterra a semente por instinto para estocá-la. É uma ajuda extra para que as araucárias sigam germinando. Assim, a mata resiste ao tempo e à ação humana e eterniza os traços da paisagem gelada da Serra do Rio Grande do Sul.
Parque do Pinheiro Grosso
- Abriga uma araucaria angustifolia (pinheiro brasileiro) com idade entre 700-1000 anos, 42 metros de altura, 7,5 metros de circunferencia e 2,7metros de diâmetro.
- Horário: segunda a sexta, das 8h45 às 17h45, sábados e domingos, das 8h45 às 18h.
- Ingressos: R$ 3 (crianças de 6 a 11 e idosos), R$ 6 (adultos).
- Endereço: Estrada do Caracol, ERS-466.
- Fone:54 3282 4077.
Floresta Nacional de Canela
- A Floresta Nacional de Canela tem uma área de aproximadamente 557 hectares. Esta unidade é parte da área abrangida pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como Área Núcleo, sendo considerada uma região de alta prioridade para a conservação.
- Endereço: Rua Otaviano do Amaral Pires, 5000, Bairro Ulisses de Abreu,em Canela
- Fones: (54) 3282.2608/1467.
- Horário de visitação: segunda-feira a domingo, das 8h às 17h. As trilhas pela mata são apenas de segunda a sexta-feira.
- Entrada gratuita.
Pinhões são um componente tradicional na culinária do estado durante o inverno (Foto: Fernando Lopes/G1)
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