Manifestantes se concentraram no Palácio da Abolição, em Fortaleza.
Eles pedem Revalida, mais investimentos e carreira de estado no CE.
Médicos fazem caminhada em Fortaleza contra a contratação de médicos do exterior (Foto: Gabriela Alves/G1)
Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 1000 pessoas estavam na concentração em frente ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual. Antes de saírem em caminhada, uma comisão da categoria foi recebida pelo secretário de Saúde, Arruda Bastos, e o governador em exercício, deputado estadual José Alburqueque. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, o governo ficou de receber as reinvidicações da categoria.
Cartaz de manifestação dos médicos em Fortaleza
(Foto: Gabriela Alves/G1 CE)
O trânsito na Avenida Barão de Studart chegou a ser bloqueado no trecho
que vai da Rua Deputado Moreira da Rocha à Rua Tenente Benévolo.
Durante a caminhada na Avenida Beira-Mar, turistas e moradores paravam
para mostrar apoio aos médicos. Organizadores também contrataram
seguranças particulares para acompanhar o ato pelas ruas de Fortaleza. A manifestação terminou no início da noite em frente ao Jardim Japonês, onde os participantes cantaram o hino nacional.(Foto: Gabriela Alves/G1 CE)
Estudantes do sexto ano do curso de Medicina da UFC (Foto: Gabriela Alves/G1 CE)
A manifestação da tarde reuniu estudantes e médicos. Vestidos de
jalecos com uma faixa preta no braço, profissionais recém-formados e com
anos de carreira exibiam cartazes e faixas. Os estudantes do sexto ano
de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) tiveram as aulas e
atividades suspensas para participarem do ato desta quarta-feira (3)."Estamos aqui para dar uma resposta à presidente Dilma. No Brasil, já temos médicos. Os médicos não querem trabalhar no interior porque não tem condições de trabalho. Precisamos de mais condições de trabalho. Faltam remédios e outras coisas básicas, como macas, em muitos equipamentos de saúde", diz o estudante Felipe Lima.
Os médicos do Ceará também exigem melhorias na estrutura da saúde pública e 10% da renda bruta destinados para a saúde. "Queremos também remuneração digna pelo Sistema Único de Saúde (SUS) porque aí poderemos ter uma dedicação exclusiva ao sistema", destacou o diretor do Simec, João Batista. Segundo a entindade, o Ceará tem cerca de 10 mil médicos efetivos e 4 mil médicos são sindicalizados.
Importação de médicos
O Governo Federal estuda trazer médicos de outros países para trabalhar no interior do Brasil. Esses profissionais teriam três anos para conseguir a aprovação no Revalida, uma prova de conhecimentos gerais de medicina que avalia a qualidade do profissional que vem de outro país trabalhar no Brasil.
A decisão do governo federal é uma estratégia para incentivar a vinda de médicos estrangeiros para atuarem no interior do país, regiões que registram uma grande defasagem de profissionais de saúde.
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