De acordo com a PM, cerca de duas mil pessoas participaram de ato.
Profissionais e estudantes se reúnem em assembleia após passeata.
Médicos e estudantes cantam hino na Praça Sete (Foto: Raquel Freitas/G1)
Cerca de duas mil pessoas, entre médicos, estudantes de medicina e
apoiadores fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (3), na região
hospitalar e Centro de Belo Horizonte. Eles protestam contra a “importação” de médicos estrangeiros,
anunciada pela presidente Dilma Rousseff, como uma medida para melhoria
da saúde pública no país, e contra a falta de investimentos e
infraestrutura na saúde.
Revalida é prioridade, diz cartaz em BH
(Foto: Raquel Freitas/G1)
O protesto foi feito em várias cidades brasileiras, e convocado pelo Conselho Federal de Medicina. Em Belo Horizonte,
a passeata foi organizada por entidades, como a Associação Médica de
Minas Gerais (AMMG), o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato
dos Médicos de Minas Gerais (Sindmed).(Foto: Raquel Freitas/G1)
Os manifestantes levaram cartazes pedindo mais valorização da profissão e investimento na infraestrutura da saúde no Brasil e também a revalidação do diploma de médicos estrangeiros. Entre os gritos entoados pelos participantes do ato, destacou-se o que dizia para a presidente tratar-se pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ei, Dilma, vai tratar no SUS”, gritavam pelas ruas da capital.
Presidente da AMMG afirma que atitude do
governo é ilegal (Foto: Raquel Freitas/G1)
Para o presidente da AMMG, Lincoln Ferreira, a medida do governo
federal é uma atitude ilegal. “O governo está querendo tomar uma atitude
ilegal, inócua, ao tentar atribuir à classe médica o problema da falta
de financiamento e de estrutura na saúde”, defendeu.governo é ilegal (Foto: Raquel Freitas/G1)
Já o otorrinolaringologista Márcio Fontini, diretor de defesa profissional da AMMG, disse que a precariedade da saúde pública não pode ser atribuída somente à falta de médicos. “A classe médica está pagando pelo ônus da desorganização da saúde pública. Nós estamos pagando o ônus com a responsabilização por essa desorganização. Não podemos aceitar que esta situação do SUS seja por falta de médico. Faltam médicos, sim, em muitos ligares. Mas será que há condições ideais para que o médico possa atender a população?”, questiona.
Estudantes de medicina também participaram do
protesto (Foto: Raquel Freitas/G1)
Para estudante de medicina Laura Vargas, de 28 anos, trazer médicos
estrangeiros para o Brasil é uma medida paliativa. "Não faltam médicos. É
uma falta de respeito fazer política através da saúde", reclama.protesto (Foto: Raquel Freitas/G1)
A manifestação começou na Avenida Afonso Pena, altura do número 1.500, onde fica a sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), seguiu pela Avenida Alfredo Balena, na região hospitalar, passando pelos hospitais das Clínicas e de Pronto-Socorro João XXIII.
Depois, os manifestantes voltaram para a Avenida Afonso Pena, passaram em frente à Prefeitura, onde criticaram o prefeito Marcio Lacerda e a saúde pública municipal, e foram até a Praça Sete. No cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, eles cantam o Hino Nacional.
A passeata terminou em frente à sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), na Avenida João Pinheiro, onde realizaram uma assembleia. O objetivo, segundo o presidente da entidade, é definir os próximos passos do movimento e tentar aprovar o texto de uma carta que deve ser entregue à presidente Dilma Rousseff.
Muitos manifestantes levavam cartazes e usavam nariz de palhaço (Foto: Raquel Freitas/G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário