MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Médicos fazem protesto em BH contra contratação de estrangeiros


De acordo com a PM, cerca de duas mil pessoas participaram de ato.
Profissionais e estudantes se reúnem em assembleia após passeata.

Do G1 MG

Médicos e estudantes cantam hino na Praça Sete (Foto: Raquel Freitas/G1)Médicos e estudantes cantam hino na Praça Sete (Foto: Raquel Freitas/G1)
Cerca de duas mil pessoas, entre médicos, estudantes de medicina e apoiadores fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (3), na região hospitalar e Centro de Belo Horizonte. Eles protestam contra a “importação” de médicos estrangeiros, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, como uma medida para melhoria da saúde pública no país, e contra a falta de investimentos e infraestrutura na saúde.
Revalida é prioridade, diz cartaz em BH (Foto: Raquel Freitas/G1)Revalida é prioridade, diz cartaz em BH
(Foto: Raquel Freitas/G1)
O protesto foi feito em várias cidades brasileiras, e convocado pelo Conselho Federal de Medicina. Em Belo Horizonte, a passeata foi organizada por entidades, como a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sindmed).
Os manifestantes levaram cartazes pedindo mais valorização da profissão e investimento na infraestrutura da saúde no Brasil e também a revalidação do diploma de médicos estrangeiros. Entre os gritos entoados pelos participantes do ato, destacou-se o que dizia para a presidente tratar-se pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ei, Dilma, vai tratar no SUS”, gritavam pelas ruas da capital.
Presidente da AMMG afirma que atitude do governo é ilegal (Foto: Raquel Freitas/G1)Presidente da AMMG afirma que atitude do
governo é ilegal (Foto: Raquel Freitas/G1)
Para o presidente da AMMG, Lincoln Ferreira, a medida do governo federal é uma atitude ilegal. “O governo está querendo tomar uma atitude ilegal, inócua, ao tentar atribuir à classe médica o problema da falta de financiamento e de estrutura na saúde”, defendeu.
Já o otorrinolaringologista Márcio Fontini, diretor de defesa profissional da AMMG, disse que a precariedade da saúde pública não pode ser atribuída somente à falta de médicos. “A classe médica está pagando pelo ônus da desorganização da saúde pública. Nós estamos pagando o ônus com a responsabilização por essa desorganização. Não podemos aceitar que esta situação do SUS seja por falta de médico. Faltam médicos, sim, em muitos ligares. Mas será que há condições ideais para que o médico possa atender a população?”, questiona.
Estudantes de medicina também participaram do protesto (Foto: Raquel Freitas/G1)Estudantes de medicina também participaram do
protesto (Foto: Raquel Freitas/G1)
Para estudante de medicina Laura Vargas, de 28 anos, trazer médicos estrangeiros para o Brasil é uma medida paliativa. "Não faltam médicos. É uma falta de respeito fazer política através da saúde", reclama.
A manifestação começou na Avenida Afonso Pena, altura do número 1.500, onde fica a sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), seguiu pela Avenida Alfredo Balena, na região hospitalar, passando pelos hospitais das Clínicas e de Pronto-Socorro João XXIII.
Depois, os manifestantes voltaram para a Avenida Afonso Pena, passaram em frente à Prefeitura, onde criticaram o prefeito Marcio Lacerda e a saúde pública municipal, e foram até a Praça Sete. No cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, eles cantam o Hino Nacional.
A passeata terminou em frente à sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), na Avenida João Pinheiro, onde realizaram uma assembleia. O objetivo, segundo o presidente da entidade, é definir os próximos passos do movimento e tentar aprovar o texto de uma carta que deve ser entregue à presidente Dilma Rousseff.
Muitos manifestantes levavam cartazes e usavam nariz de palhaço (Foto: Raquel Freitas/G1)Muitos manifestantes levavam cartazes e usavam nariz de palhaço (Foto: Raquel Freitas/G1)

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