Secretário estadual da Saúde recebeu representantes de entidades.
Dia também tem manifestações na Serra, no Norte e no Centro do RS.
Grupo sai em marcha na Avenida Independência, no Centro de Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
Cerca de 600 médicos e universitários, segundo estimativa da Brigada Militar, realizaram na tarde desta quarta-feira (3) em Porto Alegre
um protesto pedindo a regulamentação de um plano de carreira e mais
investimentos em saúde pelo governo federal. O grupo também contestou a
contratação de profissionais estrangeiros, recentemente anunciada pela
presidente Dilma Rousseff, sem a realização de uma prova para revalidar
os diplomas.Em frente ao palácio, o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen, recebeu uma carta de com as reivindicações. Representantes de entidades de médicos, residentes e estudantes foram recebidos pelo secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, que prometeu encaminhar as solicitações ao governador Tarso Genro. Segundo Simoni, Tarso diz que pretende conversar com representantes dos grupos.
Christian Sutmoller participa do protesto em Porto
Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
A proposta do Ministério da Saúde é enviar os estrangeiros para regiões
onde há vagas. A categoria diz que isso não resolve problemas como a
falta de estrutura em hospitais e postos de saúde. O médico peruano
Christian Sutmoller, de 41 anos, mora no Rio Grande do Sul
desde os 17. Ele ressalta que a situação que vive é diferente do que
ocorrerá caso o governo federal contrate estrangeiros conforme foi
anunciado.Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
“Fiz faculdade e residência e tenho a situação regularizada aqui. O questionamento é pelo estrangeiro que vem atender pacientes sem nenhuma qualificação aqui”, diz o médico formado na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Sul do estado, e que fez residência em Porto Alegre.
Médicos e estudantes de medicina fazem protesto
em (Foto: Maiana Zanchetta / Arquivo pessoal)
Os médicos pedem a criação de uma carreira de estado em que o
profissional teria estabilidade no emprego. “Quem faz o concurso já sabe
que vai pra onde for mandado, vai para o interior, e com o tempo se
aproxima de uma cidade maior. Tem perspectivas e um salário digno”,
explica o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Paulo de
Argollo Mendes.em (Foto: Maiana Zanchetta / Arquivo pessoal)
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Valdir Andres, se mostra favorável ao plano de carreira. Ele destaca que, para que a medida reivindicada pela categoria seja viável, o governo federal precisa aumentar os gastos com saúde.
"O município gasta no mínimo 15%, o estado agora começa a gastar 12% e o governo federal chega a 5%, às vezes 6%. O governo federal precisa gastar mais dinheiro contratando esses médicos ou repassando ao município", diz Andres.
Médicos e estudantes fazem protesto em frente ao Palácio Piratini (Foto: Maiana Zanchetta/Arquivo pessoal)
Protestos pelo interiorO dia também foi de manifestações pelo interior do Rio Grande do Sul. Em Caxias do Sul, na Serra, 17 dos 46 postos de saúde não atenderam os pacientes. Em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, cerca de 60 médicos e estudantes participaram dos protestos entre o final da manhã e o início da tarde.
Em Passo Fundo, no Norte do estado, manifestantes entregaram uma carta com as reivindicações ao secretário municipal da Saúde. Em Santa Maria, na Região Central, médicos e residentes deram um abraço simbólico no Hospital Universitário pela manhã. Em Rio Grande, no Sul, a passeata reuniu cerca de 300 pessoas.
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