MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Manifestação reúne 600 médicos e estudantes no Centro de Porto Alegre


Secretário estadual da Saúde recebeu representantes de entidades.
Dia também tem manifestações na Serra, no Norte e no Centro do RS.

Felipe Truda e Josmar Leite Do G1 RS e da RBS TV

Médicos e estudantes de medicina fazem protesto em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Grupo sai em marcha na Avenida Independência, no Centro de Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
Cerca de 600 médicos e universitários, segundo estimativa da Brigada Militar, realizaram na tarde desta quarta-feira (3) em Porto Alegre um protesto pedindo a regulamentação de um plano de carreira e mais investimentos em saúde pelo governo federal. O grupo também contestou a contratação de profissionais estrangeiros, recentemente anunciada pela presidente Dilma Rousseff, sem a realização de uma prova para revalidar os diplomas.
Os manifestantes se encontraram em frente ao Museu da História da Medicina, no Centro de Porto Alegre, de onde saíram em caminhada pela região até a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual.
Em frente ao palácio, o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen, recebeu uma carta de com as reivindicações. Representantes de entidades de médicos, residentes e estudantes foram recebidos pelo secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, que prometeu encaminhar as solicitações ao governador Tarso Genro. Segundo Simoni, Tarso diz que pretende conversar com representantes dos grupos.
Médico peruano Christian Sutmoller participa do protesto em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Christian Sutmoller participa do protesto em Porto
Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)
A proposta do Ministério da Saúde é enviar os estrangeiros para regiões onde há vagas. A categoria diz que isso não resolve problemas como a falta de estrutura em hospitais e postos de saúde. O médico peruano Christian Sutmoller, de 41 anos, mora no Rio Grande do Sul desde os 17. Ele ressalta que a situação que vive é diferente do que ocorrerá caso o governo federal contrate estrangeiros conforme foi anunciado.
“Fiz faculdade e residência e tenho a situação regularizada aqui. O questionamento é pelo estrangeiro que vem atender pacientes sem nenhuma qualificação aqui”, diz o médico formado na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Sul do estado, e que fez residência em Porto Alegre.
Médicos e estudantes de medicina fazem protesto em Porto Alegre (Foto: Maiana Zanchetta / Arquivo pessoal)Médicos e estudantes de medicina fazem protesto
em (Foto: Maiana Zanchetta / Arquivo pessoal)
Os médicos pedem a criação de uma carreira de estado em que o profissional teria estabilidade no emprego. “Quem faz o concurso já sabe que vai pra onde for mandado, vai para o interior, e com o tempo se aproxima de uma cidade maior. Tem perspectivas e um salário digno”, explica o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Paulo de Argollo Mendes.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Valdir Andres, se mostra favorável ao plano de carreira. Ele destaca que, para que a medida reivindicada pela categoria seja viável, o governo federal precisa aumentar os gastos com saúde.
"O município gasta no mínimo 15%, o estado agora começa a gastar 12% e o governo federal chega a 5%, às vezes 6%. O governo federal precisa gastar mais dinheiro contratando esses médicos ou repassando ao município", diz Andres.
Médicos e estudantes de medicina fazem protesto em Porto Alegre (Foto: Maiana Zanchetta / Arquivo pessoal)Médicos e estudantes fazem protesto em frente ao Palácio Piratini (Foto: Maiana Zanchetta/Arquivo pessoal)
Protestos pelo interior
O dia também foi de manifestações pelo interior do Rio Grande do Sul. Em Caxias do Sul, na Serra, 17 dos 46 postos de saúde não atenderam os pacientes. Em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, cerca de 60 médicos e estudantes participaram dos protestos entre o final da manhã e o início da tarde.
Em Passo Fundo, no Norte do estado, manifestantes entregaram uma carta com as reivindicações ao secretário municipal da Saúde. Em Santa Maria, na Região Central, médicos e residentes deram um abraço simbólico no Hospital Universitário pela manhã. Em Rio Grande, no Sul, a passeata reuniu cerca de 300 pessoas.

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