Telexfree, BBom, NNex, Multiclick, Priples e Cidiz são investigadas no RN.
MP apura se as empresas trabalham com pirâmide financeira.
Alexandre Cunha Lima é um dos promotores
envolvidos na investigação (Foto: Leonardo Melo)
O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Alexande Cunha Lima, que
vai investigar a atuação de empresas de marketing multinível no Rio
Grande do Norte, disse que o objetivo da inquérito civil é proteger o
consumidor potiguar. As empresas investigadas são: Telexfree, BBom,
NNex, Multiclick, Priples e Cidiz. A Promotoria de Defesa do Consumidor
será responsável por apurar se o funcionamento destas empresas se
constitui em pirâmide financeira.envolvidos na investigação (Foto: Leonardo Melo)
"Se provarmos que a empresa não tem sustentação com a venda de produtos ou serviços, começa a se caracterizar a pirâmide financeira. Caso não seja provado, o procedimento é o arquivar o inquérito" explica Alexandre da Cunha Lima, que participa do inquérito civil junto com os promotores José Augusto Peres e Sérgio Sena. Os processos sobre as seis empresas serão distribuídos entre os três promotores.
Além da capacidade de sustentação da rede com a venda dos produtos e serviços oferecidos, o MP analisará de que forma os contratos são firmados entre as empresas e seus clientes. "Mesmo sendo comprovado que a empresa é de marketing de multinível, é preciso saber qual a relação existente entre as empresas e os divulgadores. Tem de haver, por exemplo, o pagamento de impostos", pontua Alexandre Cunha Lima.
Marketing multinível x pirâmide financeira
O promotor Alexandre Cunha Lima esclarece que a diferença entre o marketing multinível e a pirâmide financeira é o meio utilizado para movimentar dinheiro. "No marketing multinível o objetivo é a venda do produto. Já na pirâmde financeira existe uma maquiagem de produto ou serviço para esconder a sustentação com base no recrutamento de pessoas", explica.
De acordo com o promotor, as pirâmides financeiras oferecem grandes riscos para os consumidores. "As pirâmides funcionam por algum tempo, mas um dia acaba a sustentação por recrutamento. Quando isso acontece a minoria que está na ponta consegue o lucro, enquanto a maioria perde", reforça. Além desse risco, o promotor lembra que a pirâmide financeira se enquadra como crime contra a economia popular de acordo com a Lei 1521/51.
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