Assistência foi promovida pelo Corpo de Bombeiros do Amapá.
Houve atendimentos médicos e distribuição de cestas básicas.
Médicos do CBM/AP atenderam famílias de
carapirás, no bairro Amazonas
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
Carapirás receberam assistência social na manhã desta quarta-feira (17), no bairro Amazonas, Zona Norte de Macapá.
Durante a ação, promovida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amapá
(CBM/AP), foram disponibilizados atendimentos médicos e houve
distribuição de cestas básicas aos catadores de lixo que trabalham no
aterro sanitário da capital, no Km 14 da BR-210, lugar onde são
despejados em média 250 toneladas de resíduos recolhidos diariamente em
Macapá.carapirás, no bairro Amazonas
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
A carapirá Arcelina Maciel, 59 anos, trabalha há 14 anos no aterro sanitário de Macapá. Ela vive sozinha no bairro Brasil Novo, na Zona Norte, e se mantém com uma renda de R$ 100 mensais. Segundo a catadora de lixo, o atendimento médico recebido na ação, ajudou a aliviar as dores nas costas. “Me consultei e recebi remédio dos médicos para passar a dor. Sinto isso desde quando comecei a trabalhar no lixo depois de ser abandonada pelo meu marido”, lamentou.
José Gomes, 66 anos, trabalha no aterro sanitário
há 11 anos (Foto: Abinoan Santiago/G1)
José Gomes, 66 anos, também recebeu atendimento do CBM do Amapá.
Ele largou a profissão de carpinteiro há 11 anos e foi trabalhar no
aterro sanitário. “Não tive mais oportunidade no mercado de trabalho
porque comecei a ficar velho. Fui obrigado a procurar o lixão para
sustentar a minha família. Eu tiro R$ 200 por mês da lixeira para manter
cinco pessoas que moram comigo”, relatou o carapirá, com uma cesta
básica nas mãos. “Essa cesta vai ajudar na comida de casa por 4 dias”,
acrescentou.há 11 anos (Foto: Abinoan Santiago/G1)
De acordo com o comandante do CBM, coronel Miguel Rosário, a ação social do Corpo de Bombeiros foi voltada aos carapirás por causa dos riscos no aterro sanitário. “Essas pessoas ficam muito expostas a doenças por estarem diariamente em contato com o lixo, passivos de adquirirem alguma enfermidade”, explicou.
A carapirá Teresa Maria, 56 anos, trabalha há 10 anos no aterro sanitário e foi à ação social com a filha Vanda Souza, 33 anos, que também começou a catar lixo para manter os 5 filhos. “Participamos da atividade para ajudar na dispensa da gente porque o dinheiro que tiramos da lixeira dá para pouca coisa”, frisou.
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