Luana Almeida A TARDE
Para os barraqueiros, que tiveram que montar estruturas improvisadas na praia para comercializar os produtos, o sentimento é de apreensão. A categoria recebeu mais uma notificação da prefeitura para desocupar os espaços na areia.
Proprietário de uma barraca de praia em Patamares, Jaime Souza, 55, conta que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial, porém já está se preparando para recolher os materiais de trabalho caso a Polícia Federal resolva retirá-lo do local, como ocorreu em 2010, quando as construções foram completamente demolidas.
"Estou muito preocupado. Se estou aqui, em uma barraca improvisada, é porque a prefeitura não apresentou nenhuma solução melhor para a gente. Minha família vive das minhas vendas na praia, não posso deixar de trabalhar", afirma.
O também barraqueiro Carlos de Jesus Oliveira, 41, diz que, desde que a barraca dele, também em Patamares, foi derrubada, deixou de lucrar cerca de 50% do que arrecadava. "Foi um baque. Agora que estamos tentando nos levantar, vem mais uma notificação. Ainda não fui informado, mas, pelo visto, vamos continuar na incerteza", disse o comerciante.
Intervenções - Em reunião realizada no início de dezembro, o prefeito eleito ACM Neto recebeu o aval do juiz federal Carlos D'Ávila Teixeira, da 13ª Vara Cível da Bahia, para iniciar, a partir de 1º de janeiro, as operações que considerar necessárias para revitalizar o litoral da capital baiana.
A revitalização da orla marítima foi uma das promessas de campanha de ACM Neto, que já anunciou que dará início ao projeto de requalificação pela Praia da Barra.
O projeto prevê ampliação do calçadão, ordenamento do trânsito e espaço para esportes, lazer e comércio. A respeito das barracas de praia, o prefeito eleito não detalhou. "Vai haver algo, mas que tipo de estrutura vai ser ainda está em estudo", afirmou ACM Neto na ocasião.
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