Índice de envelhecimento no Brasil cresceu de 31,7 para 51,8 em 2011.
Aumento da população ativa é 'boa oportunidade para o país', diz estudo.
O envelhecimento da população brasileira, constatado nos últimos anos, é
acompanhado do aumento da população potencialmente ativa, apta a
trabalhar, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais 2012,
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
nesta quarta-feira (28). De 2001 a 2011, o número de idosos com 60 anos
ou mais passou de 15,5 milhões para 23,5 milhões de pessoas. A
participação relativa deste grupo aumentou de 9% para 12,1%. A de idosos
com 80 anos chegava a 1,7% da população, em 2011.
O índice de envelhecimento no Brasil – relação entre o número de idosos
com 60 anos ou mais e de crianças com até 15 anos – cresceu de 31,7, em
2001, para 51,8, em 2011, aproximando-se do indicador mundial, de 48,2,
diz o estudo. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o indicador
foi de 80,2.
Essas duas faixas etárias são consideradas “economicamente dependentes”, ou seja, dependem da ocupação da faixa de população entre os 15 a 59 anos de idade, chamada potencialmente ativa.
O IBGE diz que, apesar de um crescimento no número de idosos, a relação entre o número de dependentes para cada 100 pessoas potencialmente ativas diminuiu de 60,3 para 54,6 nesse período. Um dos motivos foi o aumento do grupo com 45 anos ou mais de idade, que era de 22,4%, em 2001, e atingiu 29,1%, em 2011.
“Esse aumento relativo da população em idade potencialmente ativa pode ser uma boa oportunidade econômica para o país, desde que essas pessoas estejam inseridas no mercado de trabalho, especialmente em postos qualificados”, diz o estudo.
Conforme dados agregados de 2012 do instituto, no entanto, apenas uma média de 20% faixa da população acima dos 50 anos está atualmente ocupada nas principais regiões metropolitanas brasileiras, enquanto esse percentual ultrapassa os 65% no grupo de 25 a 49 anos.
Idosos
A maior parte da população idosa é composta por mulheres (55,7%), está em áreas urbanas (84,1%) e a maioria é branca (55%). No domicílio, 63,7% é chefe de família, 32% tem 3,9 anos de estudo em média e a grande maioria (76,8%) recebe algum benefício da Previdência Social.
Já 48,1% têm rendimento de todas as fontes igual ou superior a um salário mínimo, enquanto cerca de um em cada quatro idosos residia em domicílios com rendimento mensal per capita (por pessoa) inferior a um salário mínimo.
Perto de 3,4 milhões de idosos de 60 anos ou mais (14,4%) viviam sozinhos, 30,7% viviam com os filhos (todos com mais de 25 anos de idade) e 85,6% dos idosos viviam com outra pessoa com algum grau de parentesco.
Os idosos tinham uma situação relativamente melhor do que o grupo de crianças, adolescentes e jovens na renda. Enquanto 53,6% das pessoas de menos de 25 anos estavam nos dois primeiros quintos da distribuição de renda, apenas 17,9% idosos de 60 anos ou mais de idade encontravam-se nesta situação.
Razão de dependência* |
Total | Jovens | Idosos | Índice de envelhe-cimento |
---|---|---|---|---|
Brasil |
54,6 |
36 |
18,6 |
51,8 |
Norte |
60,3 |
47,6 |
12,7 |
26,6 |
Nordeste |
59,7 |
41,4 |
18,3 |
44,2 |
Sudeste |
52,1 |
31,9 |
20,2 |
63,3 |
Sul |
51,8 |
31,9 |
19,9 |
62,5 |
Centro-Oeste |
50,2 |
35,1 |
15,1 |
43 |
**Razão de dependência é a relação entre a população
inativa e a parte potencialmente ativa da população, aquela apta a
trabalhar. Quanto maior o número, menos pessoas estão aptar a trabalhar e
mais dependem delas **Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 |
Essas duas faixas etárias são consideradas “economicamente dependentes”, ou seja, dependem da ocupação da faixa de população entre os 15 a 59 anos de idade, chamada potencialmente ativa.
O IBGE diz que, apesar de um crescimento no número de idosos, a relação entre o número de dependentes para cada 100 pessoas potencialmente ativas diminuiu de 60,3 para 54,6 nesse período. Um dos motivos foi o aumento do grupo com 45 anos ou mais de idade, que era de 22,4%, em 2001, e atingiu 29,1%, em 2011.
“Esse aumento relativo da população em idade potencialmente ativa pode ser uma boa oportunidade econômica para o país, desde que essas pessoas estejam inseridas no mercado de trabalho, especialmente em postos qualificados”, diz o estudo.
Conforme dados agregados de 2012 do instituto, no entanto, apenas uma média de 20% faixa da população acima dos 50 anos está atualmente ocupada nas principais regiões metropolitanas brasileiras, enquanto esse percentual ultrapassa os 65% no grupo de 25 a 49 anos.
Idosos
A maior parte da população idosa é composta por mulheres (55,7%), está em áreas urbanas (84,1%) e a maioria é branca (55%). No domicílio, 63,7% é chefe de família, 32% tem 3,9 anos de estudo em média e a grande maioria (76,8%) recebe algum benefício da Previdência Social.
Já 48,1% têm rendimento de todas as fontes igual ou superior a um salário mínimo, enquanto cerca de um em cada quatro idosos residia em domicílios com rendimento mensal per capita (por pessoa) inferior a um salário mínimo.
Perto de 3,4 milhões de idosos de 60 anos ou mais (14,4%) viviam sozinhos, 30,7% viviam com os filhos (todos com mais de 25 anos de idade) e 85,6% dos idosos viviam com outra pessoa com algum grau de parentesco.
Os idosos tinham uma situação relativamente melhor do que o grupo de crianças, adolescentes e jovens na renda. Enquanto 53,6% das pessoas de menos de 25 anos estavam nos dois primeiros quintos da distribuição de renda, apenas 17,9% idosos de 60 anos ou mais de idade encontravam-se nesta situação.
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