Lucas Bittencourt, de dez anos, tem problema respiratório desde que nasceu.
Justiça determinou que governo compre e implante marca-passo.
Em outubro, decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) determinou a imediata realização da cirurgia pela rede pública. O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, autorizou a compra do material que será usado na cirurgia de Lucas Bittencourt no último dia 5. O marca-passo foi adquirido por R$ 388 mil e chegou a Brasília na sexta-feira.
Lucas Bittencourt durante visita do cirurgião torácico Rodrigo Sardenberg (Foto: Raquel Morais/G1)
Lucas Bittencourt não fala, não anda e respira com ajuda de aparelhos
desde que nasceu, por causa de uma insuficiência respiratória crônica. O
pai do menino, o analista de sistemas Caio Bittencourt, disse estar
ansioso. “Fazendo a cirurgia no sábado, o marca-passo vai poder ser
ligado 15 dias depois, em 16 de dezembro, aniversário do meu filho. Será
um novo nascimento”, declarou.Segundo Caio, o garoto fará exames de sangue pré-operatório nesta quarta-feira (28) e de raio X do tórax na sexta, quando deverá ser internado. Caio contou que Lucas está com restrição de visita, para evitar qualquer tipo de infecção ou contaminação que possam dificultar a cirurgia.
Segundo Caio, o menino deverá ficar internado por cinco dias. “Já mostrei para ele fotos do quarto onde ele vai ficar. Vamos levar vídeo game, DVD e televisão para que ele fique tranquilo enquanto estiver internado”, afirmou.
Histórico
Em 1º de agosto, o TJDF havia negado recurso do GDF contra a liminar que determina a implantação do marca-passo. Naquele mês, uma junta médica da secretaria concluiu que Lucas não tinha indicação para a cirurgia. Os três profissionais que analisaram a criança durante 26 minutos afirmaram que ele apresentava “sequelas neurológicas irreversíveis, tanto intelectuais quanto motoras” e que era tetraplégico.
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