MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Luta contra polarização marca debate de prefeituráveis


Rita Conrado

  • Divulgação | TV Record
    Candidatos menos cotados se esforçaram para destruir a ideia de polarização entre PT e DEM
O debate entre os prefeituráveis promovido pela TV Record, nesta segunda-feira (1º), na última semana de campanha, mostrou o esforço dos prefeituráveis menos pontuados nas pesquisas em destruir a ideia de polarização entre os candidatos Nelson Pelegrino (PT), com 34% das intenções de voto, e ACM Neto (DEM), agora com 31% da preferência do eleitorado, segundo a última pesquisa do Ibope. Mas, se o formato do debate permitiu tempo para que os candidatos "de 2ª divisão" aplicassem a estratégia, não impediu que Neto e Pelegrino garantissem reciprocidade nos ataques.
Diante de uma pergunta de Mário Kértész, logo no primeiro bloco, Neto pode se defender das críticas que vêm sendo feitas nos programas de Pelegrino sobre a ameaça de "surra" no presidente Lula. Voltou a minimizar o episódio alegando imaturidade e inexperiência política. Mas foi a deixa para que Kertész  ressaltasse, em mais de uma oportunidade, a sua inexperiência e impetuosidade, esta herdada do avô, Antonio Carlos Magalhães, a quem se referia como "ACM, o original", na tentativa de destacar a falta de experiência administrativa do democrata.
Neto insistiu em pontos sensíveis da campanha de Pelegrino, citando em várias oportunidades o uso, pelo governador Jaques Wagner (PT), de helicóptero, para se locomover na cidade, fugindo do trânsito de Salvador, e colocando em dúvida a capacidade de o petista resolver problemas de infraestrutura com o apoio do governo do estado, lembrando que não foram concluídas pequenas obras iniciadas na cidade, sugerindo a diferença do "PT na propaganda" e o da "vida real".
Os ataques ao principal apelo da campanha de Pelegrino - o alinhamento com os governos federal e estadual - veio com a pergunta de Da Luz a Kertész,  mas foi aproveitada por todos. Hamilton Assis (PSol), que chamou essa tentativa do PT de "chantagem", procurou, como sempre, se manter como diferencial entre as candidaturas propostas, nivelando as quatro principais candidaturas.
Ainda assim, os candidatos do PMDB, PRTB E PRB também procuraram se posicionar como partidos aliados do governo federal. "O alinhamento com o governo federal é importante", afirmou Kertész - cujo partido faz oposição ao PT no estado - ao dizer que teve pouco apoio dos governadores quando prefeito.
Para fazer frente à estratégia de Pelegrino de se mostrar parte do "projeto vitorioso" do PT e às boas intenções do DEM , Kertész, 3º colocado nas pesquisas, destacou seu know-how como gestor e os erros em pesquisas. "Não somos meros figurantes", disse o peemedebista. "No 1º turno, o eleitor vota em quem quer".
Além da ênfase de Kertész em se colocar na disputa, enfraquecendo a tese de polarização entre DEM e PT, o debate mediado pela repórter Adriana Said foi marcado, basicamente, pelas tentativas do DEM em desqualificar o governo petista e do PT em valorizar o alinhamento político com os governos estadual e federal e a participação do DEM no governo do prefeito João Henrique (PP), cujo governo voltou a ser alvo de críticas de todos os candidatos. Márcio Marinho (PRB) e Rogério da Luz (PRTB) também tentaram evitar que a disputa entre os dois primeiros colocados fosse colocada como decisiva para o eleitor. "As pesquisas mentem", assinalou Marinho.

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