Chrysler lança Dodge Durango, mas SRT Viper rouba cena no Salão

É a primeira vez que o muscle car aparece no Brasil.
Durango vem na terceira geração com motor 3.6 V6.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo

O estande do grupo Chrysler no Salão de São Paulo tem a amplitude das paredes brancas e chão que lembra madeira. O visual moderno que remete a uma floresta traz o novo design das lojas do grupo. O destaque é um típico utilitário esportivo norte-americano, grandalhão, que estreia no Brasil, o Dodge Durango. O modelo une-se aos recém-lançados RAM 2500, Jeep Compass e Chrysler 300C na ofensiva da montadora no Brasil.

"Nosso plano para a Dodge é bem agressivo em volume, com o Dodge Journey, o mais vendido da marca, e agora, em dezembro, chega o Durango", afirma Luiz Tambor, gerente geral de vendas e marketing do Grupo Chrysler.
O utilitário é produzido em Detroit (EUA) e é equipado com o mesmo motor 3.6 V6 Pentastar de 283 cavalos do sedã 300C. No mercado norte-americano, há ainda a opção pelo 5.7 V8 HEMI, com 360 cv. O modelo vendido no Brasil é o da terceira geração, lançada em 2010.

Durango usa a mesma plataforma do Cherokee (Foto: Flavio Moraes/G1)

O Durango surgiu em 1997, como SUV desenvolvido a partir da extinta picape Dakota. Atualmente, o carro usa a plataforma Jeep Grand Cherokee. No mercado brasileiro, o modelo vai brigar com Mitsubishi Pajero Dakar, Hyundai Vera Cruz e Toyota Hilux SW4.
Outro grandão que desembarca no Brasil e aparece em São Paulo é a versão diesel do Grand Cherokee. Ele divide espaço com o conceito Jeep Compass True Noth, que mostra uma carinha mais bruta, um visual bem off-road.

SRT Viper (Foto: Flavio Moraes/G1)

SRT Viper pela primeira vez no Brasil
Um presentão para quem gosta de muscle cars é a aparição pela primeira vez no Brasil do SRT Viper, que deixou de fazer parte da marca Dodge e recebeu a sigla "Street and Racing Tecnology". Seu motor é um 8.4 litros V10, com 648 cavalos de potência e 82,8 kgfm de torque, naturalmente aspirado. Ele conta com controle de estabilidade e de tração, além de pneus especialmente desenvolvidos.
Sobre o lançamento da marca SRT no Brasil, Tambor afirma que o mercado local é estudado, assim como mudanças mecânicas, especialmente por causa do combustível. "Estamos considerando todos os modelos, a exposição no salão serve, inclusive, para estudar isso", destaca o executivo.

Muscle car tem motor de 648 cavalos (Foto: Flavio Moraes/G1)

A produção do Dodge Viper havia sido descontinuada em julho de 2010. Agora sob nova marca, o carro tem duas versões: a padrão, SRT, e uma GTS, mais esportiva ainda.
Segundo a montadora, a nova carroceria, feita com aço, alumínio e fibra de carbono, é 50% mais resistente à torção que a anterior. Para torná-lo mais “domável”, a marca mudou suas configurações de chassis e suspensão, além de incluir alguns recursos como controles de estabilidade e de tração.
Ao lado do Viper, a Chrysler mostra outros modelos SRT no estande, como o SRT Charger e o SRT Grand Cherokee.