Peças feitas em cerâmica, crochê, palhas e madeira garantem sustento.
Centro Cultural dos Artesãos recebe cerca de 60 peças artesanais por dia.
Artesanatos são vendidos na Centro Cultural de Ji-Paraná (Foto: Priscila Lima/G1)
Para produzir as peças de cerâmica, Mário Lúcio, de 46 anos, vai até as margens de rios em busca a matéria-prima. Ao G1,
o artesão de Ji-Paraná, RO, contou que sai em uma canoa até o ponto
onde é possível encontrar o barro ideal para fazer a cerâmica. “Meu avô e
meu pai foram artesãos. Eu simplesmente herdei a profissão. Trabalho há
12 anos e meu sustento eu devo às peças que eu e minha família
produzimos”, conta Mário.O artesanato também atrai os mais jovens do município. Lucas Andrade, de 17 anos, começou a trabalhar na produção de peças feitas com crochê há sete meses para ajudar a mãe Loudes Andrade a aumentar a renda. O dinheiro será para investir nos estudos.
Peças feitas com matéria-prima retirada dos rios
(Foto: Priscila Lima/G1)
“Minha mãe despertou em mim a paixão pelo artesanato. Além de ajudarmos
o meio ambiente usando materiais reciclados, as vendas das peças geram o
lucro que garante o nosso sustento” explica Lucas.(Foto: Priscila Lima/G1)
Para alguns profissionais o artesanato é a única fonte de renda. Marcelo Torres tem 56 anos e é artesão há 20. Torres mora com a esposa e os três netos e tira o sustento da família das peças de artesanato.
“Nunca passei fome na vida. Com o artesanato comprei minha casa e meu carro. Hoje eu tenho os meus clientes e também distribuo as peças feitas com madeira em municípios vizinhos” diz Marcelo.
Tradição
Por gerações, famílias garantem o sustento com a fabricação de peças feitas em cerâmica, crochê, palhas e madeira. O Centro Cultural dos Artesãos e Artistas Plásticos de Ji-Paraná, RO, registra 21 associados, mas segundo a secretária administrativa da associação, Julieta Cabral, muitos artesãos do município não estão cadastrados no centro .
“Existem outras centenas de famílias que sobrevivem do artesanato, mas a maioria não se interessa em se associar ao centro” diz Julieta.
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