Pecuarista diz que ração subiu 40% e a arroba do boi baixou 10%.
A valorização da soja causou impacto no valor da ração.
O momento é pouco favorável para o setor produtivo de carnes devido à valorização dos preços da soja e do milho, principais componentes da ração, está mais difícil ter lucros na criação de animais. Cada um dos três lotes de frango caipira do criador Valdecir Barros tem 1,8 mil animais e só de milho são consumidos 350 quilos por dia, por exemplo. O avicultor tem sentido no bolso quase todos os dias, principalmente porque no aviário não tem muito espaço para estocar.
"A gente não sabe como vai ser esse preço. Hoje compra por um preço e amanhã está outro preço, então não sei o que vai acontecer não. Prejuízo pode não ter, mas lucro também não", reclamou o avicultor.
No confinamento bovino, a ração também está mais cara. O que causou mais impacto foi a valorização da soja. A tonelada do farelo do grão que no ano passado custava R$ 500 agora sai por R$ 1,1 mil. A saída para o produtor foi substituir o farelo pelo resíduo de soja. "Tem que colocar três vezes mais de resíduo do que a quantidade de farelo", disse o pecuarista José Delcaro.
Os animais comem quatro vezes ao dia. A silagem e a ração são preparadas na própria fazenda. Além do resíduo de soja, para tentar economizar, o pecuarista coloca mais sorgo do que milho. Além disso, o preço da torta de algodão que ajuda a formar uma alimentação balanceada também subiu. "A ração subiu 40% e o boi baixou 10% em relação ao ano passado", enfatizou Delcaro.
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