MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Greve dos anestesistas de GO deixa pacientes sem previsão para cirurgias


Um único médico tem em sua lista 120 pacientes à espera do procedimento.
SES informou que pagamentos serão quitados por regularização de despesas.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Nas mãos do médico Cristiano Alves está uma lista de 120 pacientes, todos com fraturas a espera de uma cirurgia ortopédica em Goiânia. São casos de urgência em que a demora pode comprometer o tratamento. Mas, com a greve dos anestesistas em Goiás, muitos pacientes não têm previsão para serem operados. Eles entraram em greve na segunda semana de maio por causa de atrasos nos pagamentos à categoria.
De acordo com a Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), a dívida é de aproximadamente R$ 7 milhões. “Operar uma fratura depois de 15 dias é muito mais difícil porque ela já se consolidou de forma viciosa. Então, são fraturas que podem deixar sequelas no paciente se não operar em tempo hábil”, explica o médico.
Cerca de 90% das cirurgias feitas em um hospital particular no Setor Campinas são pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por causa da mobilização, a unidade esta parcialmente parada. “Nós estamos fazendo cirurgias de fêmur, úmero e tíbia, mas as outras fraturas que também são consideradas cirurgias de urgência não estão sendo feitas”, diz o médico Cristiano Alves.
O eletricista Igor Stenio sofreu acidente de moto e quebrou o tornozelo. Mesmo com dores, está sem previsão de operar. “Eu não sei o que vai acontecer nem quando vai acontecer. A gente fica apreensivo sem saber o que fazer”, diz.
A jornalista Maria José Sá também está a espera de uma cirurgia. Ela sofreu um acidente doméstico e estava com o procedimento marcado para a última semana e não conseguiu realizá-lo. Com muitas dores, ela reclama do descaso da saúde. “A cirurgia estava marcada. Mandaram-me chegar às 7h30 e deu 11h e nada de me chamarem para o centro cirúrgico e então me mandaram embora porque os anestesistas não iam trabalhar mais. Enquanto isso eu estou aqui morrendo de dor e tomando remédio por conta própria de 4 em 4 horas. Até quando vai esse descaso?”, questiona a jornalista.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os pagamentos atrasados da rede conveniada serão quitados por regularização de despesas, ou seja, a cooperativa mostra todos os serviços feitos no período e a documentação será analisada pelo controle interno. Isto porque, segundo a secretaria, não há um contrato asssinado entre a cooperativa e o estado. Ainda de acordo com a secretaria, um novo contrato deve ser assinado essa semana.

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