MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de janeiro de 2012

Excesso de laranja no mercado causa queda no preço da fruta

 

Laranjais devem produzir pouco mais de 375 milhões de caixas em SP.
Houve um aumento de 16% em relação a 2010.

Do Globo Rural
A laranja na forma de suco é a principal fruta de exportação do Brasil. A receita com o suco de laranja chegou a US$ 2,1 bilhões, com crescimento de 34%.
As notícias foram de aumento da produção mundial nas lavouras de cacau. Por isso, os preços da amêndoa no mercado interno tiveram uma queda para o produtor de 15% no ano. O lado bom da história é que a indústria importou menos o produto porque também houve aumento na safra nacional.
O agricultor precisou lidar com uma safra maior nas plantações de mandioca. O volume colhido da raiz aumentou 7%, o que há muito tempo não se via. O crescimento da oferta provocou uma queda nos preços.
O tomate de mesa registrou cotação em alta ao longo do ano. Já quem produz para a indústria ficou com o preço estabilizado. No volume total, a safra brasileira teve alta de 10%.
As frutas apresentaram surpresas na exportação. Em primeiro lugar, ficou a uva, com receita de US$ 135 milhões. A manga chegou em segundo, com US$ 124 milhões. O melão emplacou o terceiro lugar, com US$ 105 milhões.
A laranja na forma de suco é a principal fruta de exportação do Brasil. A receita com o suco de laranja chegou a US$ 2,1 bilhões, com crescimento de 34%. A safra foi maior nos pomares de São Paulo, estado que concentra quase 80%, mas nem todos os produtores conseguiram bons preços.
De acordo com o levantamento da Conab, os laranjais de São Paulo devem produzir pouco mais de 375 milhões de caixas, com um aumento de 16% do que em 2010. Com tanta laranja as indústrias tiveram de trabalhar 24 horas por dia e ainda assim filas se formaram no pátio.
A boa safra foi o resultado de investimentos em adubação e combate a doenças. O clima também ajudou na produção. A expectativa era de lucro para o agricultor, mas a safra foi tão grande que derrubou os preços da laranja. Com tanto produto no mercado, foi difícil negociar um bom valor com a indústria. Quem resolveu arriscar e não fechou contrato antecipado, perdeu dinheiro.
O agricultor Francisco Ogata, que tem 250 hectares cultivados com laranja em Matão, município da região central do estado de São Paulo, deve colher 300 mil caixas da fruta até o fim da safra, em fevereiro. A produção está sendo vendida por R$ 10,50, valor muito abaixo do esperado.
Um acordo firmado em junho entre o governo, a indústria e produtores estabilizou um pouco o mercado da laranja em 2011. O governo liberou R$ 240 milhões para financiar a estocagem de suco nas indústrias. As empresas ficaram com o compromisso de comprar a fruta por um valor mínimo de R$ 10,50 a caixa. O agricultor Carlos Grigolli tem contrato com a indústria e vai receber R$ 14 pela caixa. “O preço mínimo de R$10,50 cobre o custo de produção. Já o nosso contrato dá um excedente importante para continuarmos produzindo”, diz.

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