Agricultores já começam a ver os primeiros resultados.
Produtores têm apoio do governo, do Ibram e do Adote uma Nascente.
O produtor Leandro Altoé cultiva palmito pupunha e milho em um sítio de 36 hectares, em Planaltina, no Distrito Federal. A água da mina abastece a casa da família e também é usada na fabricação de palmito em conserva. “Hoje, se não tivesse essa nascente recuperada, eu acho que a gente não teria nem água aqui”, afirma.
Há seis anos, a área da nascente estava completamente desmatada, com o solo degradado. Agora, é um pequeno bosque, com árvores de até seis metros de altura, onde foram plantadas 32 espécies nativas de Cerrado, como pimenta de macaco, ingá e braúna. Leandro plantou 522 mudas em um hectare e retirou animais da área para evitar o pisoteio, fazendo uma cerca em volta.
“Nós fazemos a orientação de como a propriedade deve ser adequada ambientalmente e cabe aos produtores dar a contrapartida. Quando acontece o fornecimento de insumos, como mudas, moirões, cerca, eles entram com a manutenção, com o plantio dessas mudas, adubação, controle de formigas, por exemplo, controle de capim exótico. E essa manutenção deve acontecer por um período mínimo de dois anos para garantir a sobrevivência das mudas", explica Vandete Maldaner, coordenadora de projetos do IBRAM.
Uma das nascentes recuperada fica em Brazilândia, no Sítio Sonho Meu, que produz maracujá orgânico e leite. Em volta da nascente, o produtor Hélio da Silva plantou 1300 mudas de espécies como chichá, paineira, buriti e genipapo. Ele adotou um sistema de plantio que usa a nascente, com espaçamento entre plantas de três metros.
A nascente do local havia desaparecido há cerca de três anos, quando um incêndio destruiu a vegetação ao redor e deixou o solo descoberto. Com o trabalho de recuperação, iniciado há pouco mais de um ano, os resultados já começam a aparecer e a água voltou a brotar no período de chuva.
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