No mês, o valor de venda dos animais recuou 6,5%, segundo o Cepea.
Em Mato Grosso do Sul, os criadores estão apreensivos.
No ano passado saíram da propriedade para as fazendas de engorda mais de 2.500 cabeças. Em um dos lotes que estão prontos para serem comercializados há 800 animais, que já atingiram peso ideal para venda. Mas o momento é de cautela e o produtor vai esperar mais um pouco para iniciar as negociações. “Nosso custo de produção é alto, então vamos esperar a valorização da arroba do boi gordo”, argumenta.
Se para uns o momento é de apreensão, para outros, é hora de negociar. Rubens Berquó trabalha com a recria dos animais e conta que agora é o momento certo para comprar bezerros. “O preço do bezerro está em baixa e nós podemos ter algum lucro”.
O bezerro terminou janeiro acumulando queda de mais de 6%. José Lemos Monteiro, presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Famasul, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, explica que o principal motivo para a queda no preço do bezerro é o clima. Como as chuvas atrasaram mais uma vez, houve pouca oferta de pasto e mais animais foram colocados à venda do que o comum.
Em relação ao preço pago, Monteiro conta que o valor ideal, para a pecuária não ser menos lucrativa do que todas as commodities rurais, seria preciso um incremento de 5 a 10%.
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