MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de janeiro de 2012

Agricultores são os mais atingidos pela Doença de Chagas, no Amazonas


Estudo da Fundação de Medicina Tropical ouviu 1.638 pessoas.
Maioria dos casos são entre pessoas de 41 a 60 anos.

Do G1 AM

Doença de chagas é transmitida pelo inseto barbeiro (Foto: Reprodução/TVAM)Doença de chagas é transmitida pelo inseto
barbeiro (Foto: Reprodução/TVAM)
A Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-DHVD), realizou um estudo sobre a Doença de Chagas, em Manaus, e identificou que a maioria dos casos atinge pessoas entre 41 e 60 anos (468); em sua maioria agricultores (568), que moram em casas de madeira (1473).

O levantamento foi feito na área rural e periurbana da capital e tem por objetivo verificar a dinâmica de transmissão da infecção por meio das relações entre os vetores e reservatórios silvestres, índices de infecção e riscos de transmissão aos animais domésticos e ao homem.
Desenvolvida através do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), a pesquisa contou com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Os trabalhos iniciaram em 2010 e a previsão é de que sejam concluídos em 2012, quando serão realizadas as análises sobre as possíveis alterações cardíacas e gástricas causadas pela doença nos pacientes contaminados.
O estudo foi coordenado pela doutora em Entomologia, Maria das Graças Vale Barbosa (FMT-DHVD), que em levantamento ouviu 1.638 pessoas. Desse total, 1.607 eram da área rural e 31 da periurbana. Ela explicou que a pesquisa possibilitou o conhecimento da circulação da doença na região tornando assim possível traçar planos de políticas públicas para evitar endemias.
“O Amazonas tem riscos potenciais de endemicididade da doença de Chagas, principalmente, considerando-se três fatores: o primeiro é a ação antrópica (relativo às modificações do homem no meio ambiente), como as condições geradas pelo desmatamento, por exemplo, animais que deixam seu habitat aumentam o risco de domiciliação dos triatomíneos – insetos hematófagos, que se alimentam de sangue. O segundo é a intensa migração de pessoas de áreas endêmicas, carregando parasitas e vetores já adaptados. Terceiro, a luz das moradias próxima das florestas pode atrair os vetores, que acidentalmente tornam-se transmissores do T. cruzi, além de casos agudos por transmissão oral”, destacou.

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