MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Reatores de Fukushima estão estáveis, diz premiê do Japão

 

Reatores afetados por terremoto e tsunami de março alcançaram 'parada fria'.
Temperatura nos reatores 1, 2 e 3 está abaixo dos 100 graus.

Do G1, com agências internacionais *
O governo do Japão confirmou nesta sexta-feira (16) que os três reatores nucleares da central de Fukushima Daiichi, danificados pelo tsunami de março, alcançaram uma "parada fria", ou seja, estão estáveis abaixo de 100 graus centígrados.
O Executivo confirmou a informação de que a central chegou a seu desligamento frio durante uma reunião que contou com a participação do primeiro-ministro Yoshihiko Noda, que considerou o momento um marco nos esforços para controlar o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl, há 25 anos.
"A situação é tal que os níveis de radiação no limite da planta podem, agora, ser mantidas em um nível baixo", disse Noda.
Usina nuclear de Fukushima Daiichi (Foto: Reuters)Usina nuclear de Fukushima Daiichi. (Foto: Reuters)
Durante o encontro, Noda e outras autoridades do Gabinete aprovaram um relatório do comitê responsável pela gestão da crise nuclear, no qual detalha que a temperatura do combustível no interior dos reatores está abaixo de 100 graus centígrados.
A definição do estado de "parada fria" utilizada pela Tepco, operadora da central, indica ainda que as emissões de radioatividade foram reduzidas de forma substancial no perímetro da usina, a cerca de 1 milisievert anual.
Na reunião, Noda assinalou que a estabilidade na usina é mais um passo em direção à resolução do acidente. "Mas é preciso seguir trabalhando para manter as condições de segurança na central e avançar rumo a sua desativação".
Durante o encontro foi formada uma comissão especial integrada por integrantes do governo e da Tepco para adotar medidas a médio e longo prazo.
A estabilização dos reatores permite dar por concluída a segunda fase prevista para solucionar a crise e iniciar a terceira, que inclui extensos trabalhos de limpeza em torno da danificada central, incluindo a zona de exclusão em um raio de 20 km.
Também é um passo imprescindível antes de considerar a volta dos mais de 80 mil pessoas retiradas dessa zona, que por enquanto desconhecem se poderão voltar a suas casas em questão de meses ou anos.
A central de Fukushima Daiichi é o epicentro da pior crise nuclear desde a de Chernobyl, há 25 anos. Os sistemas de resfriamento da usina ficaram paralisados pelo devastador tsunami que arrasou o nordeste do Japão em 11 de março, e desde então milhares de operários, bombeiros, militares e pessoal terceirizado trabalham em suas instalações para conter a crise.
(*) Com informações da agência de notícias EFE, France Presse e Reuters

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