MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de dezembro de 2011

Arte indígena em destaque no último dia da Expoagro no Amazonas

 

Flecha, flauta e luva de tucandeira estão sendo comercializadas no evento.
Expoagro também é uma oportunidade de conhecer a cultura indígena.

Do G1 AM
Maria do Carmo Sateré comercializa vários produtos indígenas em seu estande (Foto: Divulgação)Maria do Carmo Sateré comercializa vários
produtos indígenas em seu estande
(Foto: Divulgação)
A 38ª Expoagro termina neste domingo (08), em Manaus, e está gerando lucros para diferentes negócios. A procura por acessórios indígenas como colares, brincos, flauta e tipiti tem atraído visitantes para a área do seringal do Parque de Exposições Dr. Eurípedes Ferreira Lins, local onde acontece a feira agropecuária. O público deste ano está superando as expectativas em relação ao mesmo período do ano passado, quando os indígenas também participaram da feira.
A participação de índios na Expoagro 2011 é organizada pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind). A proposta é promover a inclusão social e viabilidade econômica dos povos indígenas no estado.
Até a noite deste domingo, quando o evento chega ao fim, as 16 organizações indígenas esperam alcançar um faturamento que possibilite que cada uma dê sequência ao trabalho que hoje é feito em suas comunidades.
Organizações como a Ianhã-Bé, do Tarumã-Açu, Zona Rural de Manaus, acumulam bons resultados na feira. Dezesseis famílias estão sendo beneficiadas com a venda de produtos como flecha, flauta e luva de tucandeira, com preços que variam entre R$ 3 e 20.
Expositora da Expoagro e em eventos semelhantes em todo o Estado do Amazonas, Maria do Carmo Sateré reconhece que a presença dos indígenas no evento vai além da questão de reconhecimento pelo espaço conquistado. É uma forma de subsistência para as famílias, principalmente em época de vazante. “Está tudo seco e não temos como pescar ou caçar, por isso convido a todos a virem conhecer o nosso trabalho”, disse. “Tudo o que a gente ganha é repartido com os parentes”, completou, em referência à forma de tratamento pessoal que é utilizado pelos indígenas.
Um pouco mais à frente do estande de dona Maria do Carmo está o de Luís Sateré e Daniel Tariano. No local podem ser encontrados, sementes de guaraná inserida em quase todos os produtos. Fica mais bonito e valoriza mais um brinco, um colar e até uma bolsa”, explicou Luís. “Todo mundo que passa gosta e leva”, acrescentou Daniel.
José Tikuna é artesão e músico (Foto: Divulgação)José Tikuna é artesão e músico (Foto: Divulgação)
Música
Quem chega à área destinada aos indígenas na Expoagro, logo ouve um som familiar que normalmente é conferido em eventos de Boi-Bumbá. Trata-se do charango. O instrumento se transforma nas mãos do músico José Tikuna. Ele não cobra pela 'palhinha', mas faz questão de se apresentar em frente à banca onde expõe artesanatos para atrair o maior número de visitantes. "A gente procura agradar a todos", brincou José. Mais conhecido como Zé, ele toca flauta indígena para os visitantes.
Comida
Enquanto passeia pela feira, o visitante tem a opção de conferir diferentes tipos de comida. Uma boa opção é a barraca da dona Francisca e de Regina Vilácio Sateré. As duas servem café com tapioca, banana assada, farofa de carne, caldeirada de peixe e sucos naturais. “A gente procura fazer aquilo que cabe no gosto e no bolso do cliente, brincou Regina, enquanto preparava uma tapioca.

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