MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 5 de novembro de 2011

Secretaria apresenta panorama do turismo em terras indígenas no AM

 

Workshop sobre o assunto reuniu acadêmicos e profissionais da área.
Secretaria cobrou maior envolvimento de institutos nessa modalidade.

Do G1 AM
Debates sobre o assunto aconteceram durante dois dias (Foto: Divulgação)Debates sobre o assunto aconteceram durante
dois dias (Foto: Divulgação)
Um panorama das atividades turísticas realizadas em terras e comunidades indígenas do estado foi apresentado nesta sexta-feira (4) pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind). Foi durante o 1º Workshop de Turismo de Base Comunitária no Amazonas, Protagonismo das Populações Tradicionais e Povos Indígenas.
O evento reuniu acadêmicos, professores, profissionais de turismo e técnicos de várias instituições governamentais no Auditório da Escola Superior de Tecnologia, da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA).
O workshop foi organizado durante dois dias pelo grupo de pesquisa “Desenvolvimento Socioambiental e Turismo na Amazônia”, da UEA e patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam.). O objetivo é fomentar o conhecimento e a criação de novas oportunidades de trabalho e renda no estado.
O titular da Seind, Bonifácio José, fez um mapeamento do que é realizado e do que ainda precisa ser feito em termos de projetos e políticas públicas para o turismo em terras indígenas. Ele destacou a importância de um maior envolvimento das instituições de ensino e pesquisa no processo.
“Quando a comunidade quer, ela reivindica e o governo entra para dar o suporte”, explicou. “Essa é a politica de etnodesenvolvimento, em que o indígena tem que se manifestar e discutir para que o governo entre com técnicos e assessoramento jurídico na elaboração dessas ações”, definiu o secretário.

Proteção e fiscalização
Várias comunidades indígenas já trabalham com o turismo no estado. É o caso de Rio Marmelo, em Humaitá (a 580 Km de Manaus), do povo Tenharín; da Cunhã Sapucaia, dos Mura, em Borba (a 150 Km da capital); dos Sateré-Mawé e Inhã-Bé, em Manacapuru (a 79 Km de Manaus) e no Tarumã Açu (Manaus); dos povos Desana e Tupé, em Manaus; dos Tukano, em Santa Maria (Manaus); e de outros, das comunidades Beija Flor, em Rio Preto da Eva (a 70 Km da capital).
Com apoio da Amazonastur e da própria organização indígena, o projeto de Ecoturismo trabalhado pelos Tenharín na Rio Marmelo, tem a concepção de proteger, fiscalizar as terras, preservar e conservar a natureza, além de valorizar a cultura e o aumento de renda e geração de trabalho. Para isso, eles contam com a autorização do Ministério da Justiça e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para desenvolver essa atividade.

Tipos e serviços
Entre os tipos de turismo reconhecidos pelos indígenas estão turismo cultural, o sustentável, o turismo de massa, ecológico, convencional, comunitário, de pesca e urbano. As atividades realizadas vão desde a caminhada por trilhas à participação em danças, atividades esportivas, pescaria, caça e confecção de artesanato.
Como serviços prestados aos turistas, são oferecidos guias turísticos, transporte, hospedagem e infraestrutura básica. “Além da geração de renda, o turismo possibilita a valorização e a revitalização da cultura, e valorização da mão-de-obra indígena”, finalizou Bonifácio José.

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