MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesquisa produz resultados positivos no combate ao nematóide

 

Verme se aloja nas raízes das plantas e prejudica a produção de café.
Pesquisa está sendo realizada em quatro diferentes cultivares do grão.

Do Globo Rural
Os pesquisadores do Iapar, Instituto Agronômico do Paraná, estão conseguindo bons resultados no combate ao nematóide, um tipo de verme que ataca as lavouras de café.
O nematóide se aloja nas raízes das plantas e prejudica a produção. Além da rotação de cultura, está sendo testada a utilização de predadores naturais.
O agricultor Roberval dos Santos emprestou a propriedade, em Londrina, para os testes contra o nematóide, praga que causou R$ 70 mil de prejuízo ao produtor. "Eu erradiquei a lavoura duas vezes. Tirei a lavoura antiga, fiz uma lavoura nova e com quatro anos tive de erradicar de novo", diz.
A pesquisa na propriedade começou a ser desenvolvida em 2007. Primeiro, os pesquisadores trocaram o café por culturas resistentes ao nematóide, como milho, aveia e guandu, um tipo de feijão. Um ano e meio depois, foram enxertados 3,5 mil pés de café. Entre cada linha, foi plantado o amendoim, que também ajuda a proteger a lavoura do nematóide. O manejo tem dado certo.
Em outra experiência, pesquisadores estão usando um mix de fungos nematófagos. Aplicados no solo, eles capturam os vermes e impedem a reprodução.
Os pesquisadores conseguiram reduzir os nematóides em 98% em laboratório e casas de vegetação. A experiência ainda não terminou no campo, mas os resultados são promissores. Onde houve aplicação dos fungos, os pés de café vingaram mesmo estando próximos de plantas doentes.
"O café está desenvolvendo além do normal. Ele adiantou o desenvolvimento da lavoura e no primeiro ano tem um pouco de produção e está com sinal bom de a lavoura se formar bem", avalia o produtor.
Os pesquisadores também estão otimistas, mas querem mais um tempo para confirmar se encontraram a salvação da lavoura. "Eu pretendo fazer mais três aplicações em mais dois anos para que essa tecnologia possa ser difundida”, diz Alaíde Krzyzanowski, agrônoma do Iapar.

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