MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

'Meu filho morreu por nada', diz mãe de menino baleado no trânsito em MS

 

Audiência do acusado de matar criança, em 2009, será nesta terça-feira (28).
Família espalhou 10 outdoors com data e horário da audiência.

Ricardo Campos Jr. Do G1 MS
Um dos outdoors colocados pela família do menino morto em briga de trânsito (Foto: Felipe Bastos / G1MS)Um dos outdoors colocados pela família do menino morto em briga de trânsito (Foto: Felipe Bastos / G1MS)
“Existem dias que é insuportável a dor de saber que meu filho morreu por nada”, disse ao G1 Ariana de Mendonça Pedra, 24 anos, mãe do menino Rogério Mendonça, de 2 anos, baleado durante uma briga de trânsito em 2009, em Campo Grande. O julgamento do jornalista de 62 anos acusado do crime será nesta terça-feira (28), às 8 horas, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.
O G1 tentou entrar em contato com Valdir Custódio, que representa o réu, para comentar a respeito do julgamento. Um dos assistentes informou que o advogado estudava o processo para a audiência e não poderia atender.
A família da vítima espalhou pela cidade, na última semana, dez outdoors com a foto da criança, data e horário do júri popular. O motivo, segundo a mãe, foi relembrar a sociedade a respeito do caso e convocar o público para a sessão do tribunal.
“O julgamento acontece exatamente dois anos depois, mas nunca é tarde. A nossa expectativa é essa: estamos com sede de justiça. A justiça divina não falha. Estamos contando com a justiça humana também”, disse Ariana ao G1.
Aproximadamente 50 pessoas, a maioria parentes de Rogério, devem acompanhar a audiência, de acordo com a mãe. Para evitar transtornos perante à Justiça, eles optaram por não levar camisetas, faixas ou fazer qualquer manifestação dentro do fórum. “Vamos fazer tudo conforme a lei para que não haja nenhum contratempo”, afirma Ariana.
Menino morto em discussão no trânsito, em Campo Grande (Foto: Reprodução/TV Morena)Menino morto em discussão no trânsito, em
Campo Grande (Foto: Reprodução/TV Morena)
Ela acredita que a decisão será favorável à acusação e que servirá como exemplo para combater a violência no trânsito. “Ele poderia matar o filho de qualquer outra pessoa que passasse pelo local. Tem que tirar da consciência das pessoas que andar armado é questão de valentia”, disse ao G1.
O caso
No dia 18 de novembro de 2009, o jornalista e o tio da vítima, de 54 anos, se envolveram em uma briga de trânsito que começou na avenida Ernesto Geisel e terminou na avenida Mato Grosso, região central de Campo Grande.
O acusado atirou contra o veículo, que tinha quatro ocupantes ao todo. A criança foi atingida no pescoço e socorrida à Santa Casa da cidade, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O avô do garoto foi atingido no maxilar e passou por cirurgia.
Em maio de 2010 o réu mudou-se para Praia Grande (SP), quando já respondia ao processo. Ele voltou a Mato Grosso do Sul em agosto daquele ano, quando foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra ele. Desde então ele está detido em Campo Grande.

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