MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uberabenses estão na expectativa para exportar embriões de bovinos

 

Centrais de genética da região esperam conquistar espaço internacional.
Para consultores, desafio está no crescimento da produção.

Do G1 Triângulo Mineiro
Esta é a primeira vez que embriões de raças zebuínas são exportados. (Foto: Reprodução/ Tv Integração)Embriões de zebu foram importados pela
primeira vez. (Foto: Reprodução/ Tv Integração)
As centrais de genética do Triângulo Mineiro estão na expectativa para exportar embriões de bovinos. O Brasil sempre foi referência mundial na produção de carne e, para crescer ainda mais e conquistar novos mercados, um importante passo está sendo dado. Embriões foram enviados pela primeira vez ao Canadá. Agora é torcer para que outras nações comecem a importar.
Segundo o médico veterinário de Uberaba, Rafael Jorge Oliveira, a qualidade da carcaça e produtividade de Master, um touro da raça Nelore, filho do touro Bitelo, que é campeão do ranking em vendas de doses de sêmen no Brasil, chamaram a atenção de criadores norte-americanos. Dois irmãos dele, criados em laboratório a partir de técnicas de fertilização in vitro, estão no Canadá e, conforme o especialista, irão ajudar a melhorar as características do rebanho lá fora. “A ideia é levar para o mundo a rusticidade e características dele para fora do país”, afirmou.
Esta é a primeira vez que embriões de raças zebuínas são exportados e implantados em fêmeas norte-americanas. E não foram só nelores, exemplares da raça Guzerá, Gir Leiteiro e Girolando também foram enviados para o Canadá. Como o touro Vilão, que teve quatro irmãos paternos enviados para o exterior. Para o zootecnista Cristian Milani, o interesse dos canadenses está na qualidade e nas características do rebanho brasileiro. “É uma raça que consegue produzir leite no clima tropical. Temos alta produtividade e ela se adapta muito bem”,disse.
O primeiro passo antes da exportação de material genético é a escolha de um doador de sêmen. Depois do sêmen coletado ele é armazenado em uma temperatura de 190 graus abaixo de zero. E é sob olhar atento de técnicos, que um novo zebu começa a ser gerado. Do laboratório os embriões já saem prontos para serem implantados em fêmeas receptoras. Para a exportação, o material precisa ser congelado, o que diminui as chances de um resultado positivo. Atualmente, o índice médio de concepção é de 30% para cada embrião implantado.
Segundo Heverardo Rezende de Carvalho, diretor de uma empresa de genética bovina, a relação de mercado com os canadenses pode abrir outras portas para o Brasil. "Vamos mandar o material genético para diversos países para o pessoal experimentar a nossa genética e daí outros países podem conhecer nossa produção”, disse Heverardo.
O ex-ministro da agricultura e hoje consultor de mercado, Pratini de Moraes, acredita num futuro promissor para a carne bovina. "O desafio é crescer a produção para atender o crescimento do mercado”, afirmou o consultor.
Para a diretora de melhoramento genético da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Mariana Alencar, os animais incorporados no rebanho canadense já foram registrados. O desafio agora é acompanhar o desenvolvimento deles, já que o clima da América do Norte é o grande obstáculo a ser vencido. "Tem a questão de quebrar tabu para ver o potencial e as qualidades desses animais”, concluiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário