CDU pede normas para permitir que permitam um país abandonar o euro.
Chanceler refutou acusações de que abandonou posições conservadoras.
A chanceler Angela Merkel respondeu nesta segunda-feira (14) às críticas cada vez maiores de seu próprio partido União Democrata Cristã (CDU) aos planos de ajuda à zona do euro com um veemente apelo para que a Alemanha assuma o encargo de salvar o mais ambicioso projeto da Europa e enfrente os desafios destes tempos de incerteza.
Durante uma convenção do partido na cidade de Leipzig, no leste da Alemanha, onde em 2003 Merkel prometeu devolver à Alemanha seu papel de líder indiscutível da Europa em uma década, a chanceler refutou as acusações de que abandonou as posições conservadoras de longa data do partido em questões importantes - de política social a energia nuclear e, agora, do novo salário mínimo a pacotes para a zona do euro.
Saída voluntária de países
A União Democrata Cristã (CDU) acabou aprovando uma resolução exortando o governo a estabelecer normas na Europa que permitam que um país deixe voluntariamente a zona do euro sem sair da União Europeia.
A resolução afirma que, "se um membro (da zona do euro) for incapaz ou não quiser obedecer permanentemente às normas relacionadas à moeda comum, ele poderá voluntariamente - segundo as normas do Tratado de Lisboa para deixar a União Europeia - deixar a zona do euro sem sair da União Europeia. Ele deverá receber o mesmo status dos países-membros que não têm o euro".
Merkel, por sua vez, disse ao partido que políticas de 30 anos atrás não podem dar a resposta adequada aos "mais difíceis momento da Europa desde a Segunda Guerra". Ela insistiu que o partido precisa se adaptar aos novos tempos.
Em discurso de uma hora na convenção de dois dias que foi convocada sob o lema "Pela Europa, pela Alemanha", Merkel abordou os temas que têm sido reiterados em suas mensagens diárias em Berlim sobre a crise da dívida da zona do euro: que os problemas levarão anos para serem superados e que a crise oferece a oportunidade de se recriar o projeto europeu.
"Precisamos enviar um sinal claro", disse Merkel aos delegados. "Nós não lamentamos, não nos queixamos. Em vez disso, nós sabemos que temos um trabalho a fazer", acrescentou.
O ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, reforçou o apelo de Merkel. "Nós precisamos agora construir a união política na Europa que nunca conseguirmos construir nos anos 1990", disse. Alguns delegados discordaram da intenção de Merkel de assumir os encargos de outros países europeus. Klaus-Peter Willsch, membro do Parlamento, acusou o governo de Merkel de quebrar a promessa de não salvar transgressores do euro. As informações são da Dow Jones
Durante uma convenção do partido na cidade de Leipzig, no leste da Alemanha, onde em 2003 Merkel prometeu devolver à Alemanha seu papel de líder indiscutível da Europa em uma década, a chanceler refutou as acusações de que abandonou as posições conservadoras de longa data do partido em questões importantes - de política social a energia nuclear e, agora, do novo salário mínimo a pacotes para a zona do euro.
Merkel discursa durante convenção do seu partido, na cidade de Leipzig (Foto: AP)
"Vivemos um tempo de mudança épica", disse Merkel. "Nosso compasso político não mudou. Mas o contexto está mudando constantemente". Alguns membros do partido pediram para que Merkel torne possível tirar membros da zona do euro do clube de 17 países que usam a moeda única.Saída voluntária de países
A União Democrata Cristã (CDU) acabou aprovando uma resolução exortando o governo a estabelecer normas na Europa que permitam que um país deixe voluntariamente a zona do euro sem sair da União Europeia.
A resolução afirma que, "se um membro (da zona do euro) for incapaz ou não quiser obedecer permanentemente às normas relacionadas à moeda comum, ele poderá voluntariamente - segundo as normas do Tratado de Lisboa para deixar a União Europeia - deixar a zona do euro sem sair da União Europeia. Ele deverá receber o mesmo status dos países-membros que não têm o euro".
Merkel, por sua vez, disse ao partido que políticas de 30 anos atrás não podem dar a resposta adequada aos "mais difíceis momento da Europa desde a Segunda Guerra". Ela insistiu que o partido precisa se adaptar aos novos tempos.
Em discurso de uma hora na convenção de dois dias que foi convocada sob o lema "Pela Europa, pela Alemanha", Merkel abordou os temas que têm sido reiterados em suas mensagens diárias em Berlim sobre a crise da dívida da zona do euro: que os problemas levarão anos para serem superados e que a crise oferece a oportunidade de se recriar o projeto europeu.
"Precisamos enviar um sinal claro", disse Merkel aos delegados. "Nós não lamentamos, não nos queixamos. Em vez disso, nós sabemos que temos um trabalho a fazer", acrescentou.
Segundo Merkel, a Europa "está em um dos mais difíceis, talvez o mais difícil momento desde a Segunda Guerra Mundial".
Recentemente, Merkel começou a apresentar a crise da zona do euro como a oportunidade de sua geração para dar um enorme passo adiante no projeto europeu. Em Leipzig, ela tocou novamente no tema, afirmando que a Europa precisa ter a coragem de mudar o tratado que criou a união monetária europeia e permitir sanções automáticas e duras às violações do tratado. Em meio à crise, a Europa está se aproximando e os europeus estão descobrindo que as decisões tomadas em um país podem ter um enorme impacto no restante da Europa, ela disse.O ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, reforçou o apelo de Merkel. "Nós precisamos agora construir a união política na Europa que nunca conseguirmos construir nos anos 1990", disse. Alguns delegados discordaram da intenção de Merkel de assumir os encargos de outros países europeus. Klaus-Peter Willsch, membro do Parlamento, acusou o governo de Merkel de quebrar a promessa de não salvar transgressores do euro. As informações são da Dow Jones
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